Dá para construir uma nova Joinville com tantas sugestões que chegaram por meio de emendas ao Plano Plurianual (PPA).

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Não faltam propostas de construção de escolas, centros de educação infantis (CEIs), prontos-atendimentos, além de sugestões de pavimentação de ruas e construção de pontes.Há ainda ideias antigas que ganharam nova roupagem, como a construção de um hospital ou de um novo mercado público em Piribeiraba.

Desde que foi encaminhado para a análise dos vereadores, há menos de dois meses, o Plano Plurianual – projeto obrigatório por lei que funciona como uma carta de intenções da administração municipal para os próximos quatro anos (2014-2017) – recebeu 266 emendas dos parlamentares.

Agora, faltando dez dias para o texto esgotar seu prazo legal de aprovação na Câmara, os vereadores e o governo estudam como avaliar a enxurrada de propostas.

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Em tese, não há necessidade de colocar sugestões de obras de menor porte no PPA. O projeto serve como um guia que mostra como um governo pretende fazer investimentos e gastar o dinheiro público.

O detalhamento de projetos para a cidade aparecem em textos posteriores, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e, principalmente, na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Mesmo cientes do pouco valor prático da iniciativa, os parlamentares preferem não perder a oportunidade de apresentar emendas, cravando posição. Foi assim com o vereador Maycon César (PR), que apresentou 70 emendas até agora – volume que representa 26,3% do total. E ele diz que fará mais.

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Recorde de propostas

– É uma prerrogativa nossa. É nosso momento de construirmos alguma coisa para o futuro, de pensar uma nova cidade. Apenas identifiquei problemas que merecem soluções – diz Maycon.

O grande volume de sugestões não está restrito à oposição. Da base aliada, também surgem pedidos. Somente João Carlos Gonçalves (PMDB), presidente da Câmara de Vereadores, propôs 29 emendas ao texto.

Com a grande demanda, o governo alterou a estratégia para aprovação do texto. Antes, os parlamentares queriam fazer uma reunião amanhã para fechar o debate em torno do projeto. Agota, admitem deixar para discutir todas as emendas no final da próxima semana, perto do fim do prazo, quando não haverá mais tempo para novas emendas.

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– Queríamos fechar agora e aprovar. Mas não adianta. As emendas continuam vindo. Ainda nem analisamos o que surgiu. Não sabemos o que dá para ser aproveitado ou não – admite Rodrigo Fachini (PMDB), líder do governo no Legislativo.

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