Os vereadores do PT, PSDB e PSD devem ter uma participação menor nas nomeações dos cargos da Câmara do que os parlamentares de outros partidos que apoiaram a eleição de João Carlos Gonçalves.

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Embora ainda não se manifeste oficialmente, em reuniões privadas João Carlos vem estipulando que a distribuição dos 14 cargos comissionados do Legislativo – são 18 posições, mas quatro precisam ser de servidores concursados – deverá obedecer a dois critérios. Seria o método encontrado para premiar os 17 parlamentares que o apoiaram na eleição.

O primeiro ponto prioriza os partidos que tiveram junto no projeto da eleição de João Carlos desde o início. O segundo é considerar que as siglas que têm a presidência das comissões mais importantes (Legislação e Justiça, Finanças e Urbanismo) já foram recompensadas.

Esse processo diminuiria a participação nos cargos dos vereadores do PSDB, PSD e PT. Os três foram os últimos a firmar compromisso com o peemedebista e tem Patrício Destro (PSD) como presidente de Finanças, Maurício Peixer (PSDB) como presidente de Legislação e Justiça e Manoel Bento (PT) no comando de Urbanismo.

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Essas siglas deverão ter indicados, mas serão posições por bancada – provavelmente um para cada. Assim, abre-se espaço para que as outras siglas da base governista (PMDB, PDT, PSC, PR, PPS e PP) consigam encaixar seus nomeados. Mas a situação já gera desconforto em alguns parlamentares.

– Não falaram conosco. Fizemos nosso pedido, mas não fomos chamados para nenhuma reunião -, diz Lioilson Corrêa (PT). Os petistas desejavam receber a diretoria de comunicação, mas devem ter à disposição apenas um assessor especial.

Divisões

Já o PSDB, que queria a diretoria de assuntos legislativos, deve ficar com outro assessor especial.

– Não era o que pedíamos. Estamos conversando ainda. Vamos ver o que acontecerá -, diz Maurício Peixer.

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Da mesma forma, Patrício Destro (PSD) diz que não foi mais chamado para conversar.

– Fiz um pedido lá atrás. Espero que seja respeitado -, fala.

Mesmo com o desconforto gerado até agora, João Carlos diz que está fechando a equação dos cargos.

– Ainda faltam alguns detalhes, mas está próximo de fechar as nomeações -, diz, e enfatiza que as nomeações obedecerão a critérios técnicos.

Enquanto isso, já surgem nomes para assumir alguns cargos. Para a diretoria de comunicação, por indicação do próprio presidente, deve assumir Tiago Dias no lugar de Toninho Neves. Na direção geral, há a possibilidade de que Osmari Fritz, ex-vereador, assuma.

Ele viria por indicação do PMDB. Patrício Destro pediu a diretoria de TI. Além disso, há o assessor especial do 1° secretário, já vinculado a Dorval Preti (PPS), e o assessor da presidência.

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