Uma reunião rápida, com poucos discursos e sem menções diretas a assuntos polêmicos. Assim foi a primeira sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Florianópolis, que abriu o ano legislativo da Capital na tarde desta segunda-feira. Em um encontro ainda no ritmo de férias, a fala do prefeito Cesar Souza Junior (PSD) era o momento mais aguardado no plenário. A expectativa era de que ele apresentasse a reforma administrativa que pretende implantar na prefeitura, mas o projeto foi apenas citado no discurso e o detalhamento da proposta ficou para o fim da semana.
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Antes do início da sessão, prefeito e vereadores enfrentaram um pequeno protesto em frente à Câmara, onde alguns poucos manifestantes colaram cartazes pedindo o fim da corrupção e um trabalho voltado para o povo. Dentro do prédio, a Operação Ave de Rapina e os reflexos dela no Legislativo e no Executivo ficaram apenas nas conversas de bastidores. Na tribuna, nenhum comentário sobre o assunto.
Em seu discurso, além de mencionar a reforma administrativa, o prefeito disse que o país convive com uma política ultrapassada e falou sobre problemas do Brasil. Cesar Junior também pontuou conquistas e desafios de 2014 e 2015 e relembrou rapidamente a discussão envolvendo o IPTU. Sem críticas diretas a quem questiona o reajuste, afirmou que o incremento das receitas é fundamental para garantir obras e serviços de Florianópolis.
Sobre a reforma no governo, falou à imprensa na saída do plenário. Foi econômico nas palavras, informou que deve fechar as mudanças entre quarta e quinta-feira e preferiu não antecipar a previsão de quanto será economizado nos cofres públicos com as alterações – que incluem fusão de secretarias e extinção de cargos comissionados.
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Ainda na Câmara, a sessão seguiria com a formação das comissões permanentes, mas como não havia acordos prévios entre as bancadas, as definições ficaram para a próxima reunião, às 16h desta terça-feira. Os vereadores Ricardo Vieira (sem partido), Deglaber Goulart (PMDB) e Renato Geske (PSD) usaram a tribuna. Os temas foram variados, da crise hídrica à dengue, também sem nenhuma menção à Ave de Rapina.
De novidades, a primeira sessão ordinária do ano teve as presenças de Jaime Tonello (PSD), suplente que assume a vaga do afastado judicialmente Badeko (PSD), e de Josemir Cunha (PSOL), que fica por 60 dias no lugar de Afrânio Boppré (PSOL), que pediu licença por motivos pessoais.