Após quase três horas de ansiedade, discursos e muita polêmica, as entidades favoráveis à aprovação do projeto que pretende tornar feriado o Dia da Consciência Negra em Joinville, deixaram o plenário da Câmara de Vereadores em clima de festa na noite desta quinta-feira.
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Por unanimidade, os vereadores votaram a favor do projeto. Uma segunda votação – de caráter simbólico – ocorre na quarta-feira que vem. Depois da Câmara, o projeto segue para a análise do prefeito Udo Döhler (PMDB), que poderá sancionar ou vetar a proposta que determina que o dia 20 de novembro será feriado municipal em Joinville.
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A data escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares pretende lembrar a resistência do negro à escravidão.
– Foi um dia emocionante, uma vitória e grande conquista do povo afro dessa cidade – vibrou a coordenadora do Afoxé Ylê Ashê Omylodê, de Joinville, Jacila Barbosa.
Antes de comemorarem, alguns membros das entidades ficaram confusos com tantos discursos e quase foram embora ao pensar que a votação poderia ser adiada. O projeto proposto pelo vereador Dorval Pretti (PPS) já tramitava na Câmara desde janeiro.
Além da mobilização dos representantes de movimentos sociais, o presidente do Sindicato dos Lojistas, Osnildo de Souza, acompanhou a reunião e defendeu seu ponto de vista contra o feriado durante a sessão.
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– Existe a necessidade de ampla discussão, porque nós empresários iremos pagar esta conta – argumenta.
Com a polêmica, o vereador Maurício Peixer, do PSDB, tentou prorrogar a votação, apresentando um requerimento que pedia que a discussão voltasse às comissões. Porém, o pedido foi negado pelos demais vereadores que estiveram presentes na sessão.
Diante da pressão das entidades, o prefeito Udo Döhler ligou para o vereador Rodrigo Fachini que, em seguida, confirmou que a bancada do PMDB votaria a favor do projeto, ressaltando que acredita que o tema mereça mais discussão.
Qual a sua opinião sobre a criação do feriado da Consciência Negra em Joinville?