O plenário da Câmara de Vereadores de São Bento do Sul aprovou, na tarde de terça-feira (8), a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar um vereador do município suspeito de praticar “rachadinha”. O pedido para abertura Comissão partiu de um ex-vereador.
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O documento foi assinado por Carla Odete Hofmann, presidente da Casa. A CPI será presidida por Adriano Reinhardt (Chicão) e terá como demais membros os vereadores Darlan André Guliani e Hélio Alves, que ficam responsáveis por designar um relator.
A Comissão tem o prazo máximo de noventa dias, que pode ser prorrogado por mais 45, mediante deliberação do plenário, para concluir seus trabalhos e emitir seu parecer. As conclusões devem ser enviadas ao Ministério Público.
Mandados de busca e apreensão
No dia 26 de janeiro, a Polícia Civil de São Bento do Sul cumpriu mandados judiciais de busca e apreensão na casa do vereador e de uma servidora do Legislativo, que estão sendo investigados pela prática de “rachadinha”.
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De acordo com o delegado Lucas Mendonça, as investigações iniciaram após uma denúncia. A testemunha contou à polícia que a própria servidora a procurou relatando estar sendo coagida a repassar metade do seu salário ao parlamentar que a indicou para o cargo, sob condição de permanência na vaga comissionada.
Ainda segundo Mendonça, o suspeito iniciou sua legislatura em janeiro de 2021 e, em fevereiro, indicou mulher para o cargo. A partir daí, pelo que foi apurado até o momento, iniciaram a exigências e apropriação de parte do salário da comissionada.
Durantes as buscas, foram apreendidos equipamentos eletrônicos e diversos documentos que serão analisados pela Polícia Civil e, posteriormente, encaminhados à Polícia Científica para a análise técnica.
O delegado ainda disse que a servidora não quis colaborar com a investigação, que segue em sigilo. Um inquérito policial foi instaurado para apurar a participação dos envolvidos no caso. A ação contou com apoio Divisão de Investigação Criminal (DIC) e Dpcami.
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A “rachadinha” é prevista no Código Penal como crime de concussão, cuja pena pode chegar a 12 anos de prisão, além de multa.
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