Em sessão extraordinária, convocada às pressas no início da tarde de quinta-feira e que reuniu 13 dos 19 vereadores, a Câmara de Joinville aprovou o pagamento do 14º salário para os servidores da Secretaria Municipal da Educação. A proposta é dividir os R$ 5,3 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) entre cerca de 5 mil funcionários.

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O professor Ulrich Beathalter, que comanda o Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej), espera que até 20 de janeiro o dinheiro esteja na conta dos funcionários.

– Em maio, quando iniciamos as negociações salariais, vamos reivindicar a consolidação desse abono para evitar que a Prefeitura tenha de enviar um projeto todo fim de ano para a Câmara -, antecipa.

O dinheiro do Fundeb que não é investido em educação tem de ser devolvido a Brasília.

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Os servidores vinculados à Secretaria Municipal de Educação até dezembro deste ano terão direito a 50% de seus salários. Funcionários temporários também entram na distribuição. Em 2011, o abono foi de 100%. Este ano, a verba do Fundeb teve uma fatia menor porque a administração municipal usou R$ 6,5 milhões para comprar um imóvel no Centro para instalar a nova sede da Secretaria de Educação.

– Os profissionais da educação devem ser valorizados. Mas eu espero que o dinheiro do Fundeb seja melhor empregado em obras nas escolas, construção de novos espaços para as crianças que estão na fila de espera e não em um prédio que custou mais de R$ 6 milhões -, disse o presidente Odir Nunes (PSD), ao se referir à compra da área, projeto que acabou atrasando o envio do 14º salário dos professores para a votação na Câmara.

É que a administração municipal dependia da aprovação da compra do imóvel para calcular quanto teria disponível para o pagamento do abono.

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A sessão convocada às pressas não estava prevista, já que a data para a votação deste projeto havia sido marcada para dia 27.

– Acredito que a pressão da classe foi importante para o adiantamento da data -, disse Adilson Mariano (PT).