A Câmara de Vereadores de Itajaí abriu inquérito para averiguar se um assessor do parlamentar Carlos Augusto da Rosa, o Calinho Mecânico (PP), é cunhado dele. A contratação de familiares para cargos na administração pública é considerada prática de nepotismo. Almir da Silva trabalhou no gabinete do vereador entre fevereiro de 2013 e julho deste ano. Ele iniciou recebendo um salário de R$ 3.592,06 e saiu com um vencimento de R$ 4.614,30.

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O presidente do Legislativo, Luiz Carlos Pissetti, afirma que Calinho solicitou a exoneração de Silva no início do mês, sem apresentar justificativa:

– Uns 15 dias depois é que surgiu a história de que Silva seria cunhado dele (Calinho). Na ocasião o vereador disse que ele era seu concunhado.

Nesta segunda-feira à tarde, o vereador confirmou por telefone que Silva é seu cunhado. A reportagem também teve acesso às certidões de casamento do vereador e do ex-assessor parlamentar. Nos documentos, o nome dos pais da mulher do vereador e de Silva são os mesmos.

– Ele é meu cunhado. Na época pensei que poderia colocar, não entendo sobre isso. Vou ter que responder, já procurei a minha assessoria jurídica e vou me defender. Vamos ver no que vai dar – disse Calinho.

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Pissetti pediu que a sindicância ouça o vereador e entrou em contato com cartórios da cidade para solicitar os documentos de Calinho e Silva e esclarecer o caso. O presidente da casa acredita que a investigação só será concluída em agosto, depois do recesso parlamentar.

Ele explica que caso seja comprovada a irregularidade, será solicitada abertura de processo na comissão de Legislação e Ética da Câmara. A punição máxima seria a perda do cargo pelo vereador. O ex-assessor pode responder a processo por falsidade ideológica.

– Este senhor assinou um documento dizendo que não era parente do vereador quando foi contratado em 2013 – lembra.

Contraponto

A reportagem de O Sol Diário procurou o ex-assessor parlamentar Almir Silva, mas até a publicação desta matéria ele não respondeu ao contato.

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>> Confira os documentos