Um levantamento do Observatório Social de São José aponta o custo da Câmara de Vereadores de Itajaí como o terceiro mais alto do Estado em 2012. Os gastos da casa somam mais de R$ 15 milhões, ficando atrás apenas de Florianópolis e Joinville. Apesar de uma diferença pequena, os valores superam os de municípios como Blumenau e São José – que são mais populosos e tinham mais legisladores do que Itajaí no ano passado.
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Atual presidente da Câmara e também vereador no último mandato, Osvaldo Gern (PP) reconhece que os números são elevados, mas afirma que a pesquisa apresenta distorções por ter sido feita em apenas um ano da legislatura.
O legislador detalha que em 2012 a Câmara teve gastos acima da média por alguns fatores pontuais. O principal deles é o investimento para equipar o novo prédio da Casa, na Avenida Contorno Sul, com valores em torno de R$ 1,7 milhão. Outra questão é referente às rescisões dos cargos comissionados, feitas no último ano de mandato. Isso, conforme o vereador, consumiu cerca de R$ 500 mil.
– Dá impressão de que temos um gasto assim grande sempre, mas não vou equipar a Câmara todos os anos, por exemplo. Por isso acreditamos que o mais correto seria ter uma comparação média dos quatro anos da legislatura – comenta Gern.
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O Balcão da Cidadania, que oferece serviços como encaminhamento para emissão de RG e CPF, também é considerada uma despesa diferenciada. O atendimento, que não ocorre em todas as Câmaras catarinenses, custa aproximadamente R$ 470 mil do total de Itajaí.
Controle
O orçamento da Câmara de Itajaí para o exercício 2013 é de aproximadamente R$ 25 milhões, com base no orçamento do município. Gern destaca que geralmente esses valores nunca são gastos integralmente, sendo sempre devolvidos ao Executivo no fim do ano.
O presidente da casa garante que todas as medidas possíveis para controlar os gastos são feitas, e que há uma análise em andamento para indicar em quais pontos os cortes podem ser maiores. Mesmo assim, o vereador admite que o custo neste ano será maior do que em 2012, já que o número de cadeiras subiu de 12 para 21.
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– Aumentamos o número de vereadores em cerca de 70%, mas não esperamos um crescimento de despesas nem perto disso. Queremos manter esses valores dentro de uma regra, uma coerência – destaca Gern.
Custo por habitante também é alto
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