Com 26 projetos votados e aprovados e outros 12 tirados de pauta em acordo com o prefeito Gean Loureiro (PMDB), a Câmara de Florianópolis deu fim na tarde de ontem às votações do pacotão de propostas enviadas pela prefeitura no dia 12 de janeiro. Em menos de três semanas, o peemedebista garantiu a aprovação de projetos estruturais sobre vários temas, além de consolidar maioria confortável no parlamento.
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Na última sessão extraordinária, os vereadores deram aval à possibilidade de venda da dívida pública a instituições privadas, à mudança nas regras para regularizar construções irregulares, à possibilidade de compensar com índices de construção os donos de terrenos desapropriados e a simplificação da emissão de alvarás para edificações de até 750 metros quadrados.
A Câmara volta do recesso na próxima segunda-feira, quando devem ser escolhidos os membros e presidentes das comissões temáticas. Se não houver acordo, a escolha será no voto. Até o final da semana, a base de apoio do prefeito Gean se reúne para avaliar as votações. Será discutida a fidalidade da base, especialmente as posições dos vereadores Vanderlei Farias, Lela (PDT), e Maicon Souza (PSDB), que votaram contra projetos do pacote.
A situação do pedetista é a mais delicada. Ao votar contra as novas regras de regularização de construções, Lela ouviu – como todo o plenário – o líder do governo Roberto Katumi (PSD) ironizá-lo.
— Até nisso vai contra? — questionou o pessedista.
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Na tribuna, o oposicionista Afrânio Boppré (PSOL) tratou o assunto como uma guerra e que agora espera por um armistício. Também de oposição, Pedrão (PP) afirma que vai estudar nos próximos dias quais propostas aprovadas podem ser questionadas administrativamente ou na Justiça.
— Vou me reunir com nosso grupo jurídico para analisar cada matéria, uma a uma, e na sequência avaliar todas as medidas cabíveis — afirmou.
O presidente da Câmara, Guilherme Pereira (PR) diz que vai trabalhar para serenar os ânimos entre a base aliada e a oposição. Garante que não haverá rito acelerado para votar o que ficaram fora do pacote _ como o fundo complementar da previdência e o aumento da alíquota da contribuição dos servidores. Acredita que essa pauta seja concluída até o fim do semestre, mas não garante apoio incondicional à prefeitura.
— A Câmara avalizou um rito, não um governo. Acho que todo prefeito que começa merece um voto de confiança e eu dei o meu — afirmou.
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