O plenário da Câmara de Vereadores de Florianópolis deve discutir nesta quarta-feira (18) um projeto de lei que prevê a gratuidade da cobrança de passagens de ônibus aos domingos na cidade. A iniciativa foi apresentada em 2013, pelo parlamentar Vanderlei Farias (PDT), conhecido como Lela, e tramita desde então na Casa.

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De acordo com o vereador, o projeto sofreu modificações nesses seis anos em que está sendo discutido. Inicialmente, a proposta era para que a gratuidade ocorresse em todos os domingos do ano. No entanto, o texto acabou modificado. Caso seja aprovado, a cobrança só seria interrompida no primeiro domingo de cada mês.

O parlamentar acredita que a proposta pode aumentar a circulação de moradores entre os bairros da cidade. Ele argumenta que muitas pessoas que moram no Sul da Ilha não conhecem o Norte, por exemplo.

— Muita gente do Monte Cristo também não conhece praias da região Leste — acrescenta o vereador.

Para Lela, a proposta poderia até mesmo incentivar a economia da cidade, já que seria possível que a prefeitura pensasse em eventos específicos nesses fins de semana para que as pessoas pudessem ter o que fazer nas datas em que os ônibus não teriam a cobrança de tarifa.

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Lela diz que, caso entre em vigor, o projeto poderia ser financiado com parte da arrecadação dos estacionamentos rotativos da Zona Azul. Para o vereador, é justo que o transporte individual ajude a pagar pelos custos do transporte coletivo. Ele diz ainda que a recente rescisão de contrato entre a prefeitura e a empresa que operava a Zona Azul pode ajudar a viabilizar a iniciativa.

— O projeto teria um período para ser implantado. A gente acredita que tem um espaço de tempo para que seja feita a contratação de uma nova empresa. A prefeitura pode prever no contrato para que parte dos recursos possam financiar o transporte — diz.

O que diz a prefeitura

A prefeitura de Florianópolis foi procurada para comentar o assunto, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o projeto do vereador Vanderlei Farias. Durante a tramitação da iniciativa, a administração municipal se posicionou contrária à medida, por não haver dotação orçamentária para custear a iniciativa.