A Câmara de Vereadores de Blumenau aprovou quinta-feira moção de repúdio contra o comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar, Claudio Roberto Koglin. A proposição partiu do vereador Deusdith de Souza (PP), que justificou, no requerimento em que pediu a votação em plenário, uma posição pelas atitudes que a PM vem tomando em relação aos comerciantes, de forma autoritária.
Continua depois da publicidade
O vereador se referia à ação da PM na noite de 12 de maio, quando nove bares, restaurantes e casas noturnas foram fechados por falta de alvarás e licenças de funcionamento. No mesmo dia, seis empresas conseguiram liminar na Justiça e reabriram, sob a justificativa de que a fiscalização seria responsabilidade da Polícia Civil, não da PM. A liminar foi derrubada mês passado, pelo juiz Edson Marcos de Mendonça, da Vara da Fazenda Pública de Blumenau, que garante à PM o direito de fiscalizar, desde que encaminhe os casos à Civil para regularização.
Na justificativa da moção, Deusdith argumentou que a Câmara fez vários esforços para reivindicar mais segurança para o município e que os desentendimentos entre a PM e a Polícia Civil “causam transtornos ao comércio e à população”.
– O melhor meio de solucionar a questão é direcionando os trabalhos da Polícia Militar, com o efetivo nas ruas, impondo ordem e respeito. Mas, infelizmente, da forma que está sendo realizado é muito precário e a tendência é piorar – diz o texto encaminhado à votação.
O presidente da Câmara, Jovino Cardoso Neto, ligou à tarde ao comandante da PM para informá-lo da moção.
Continua depois da publicidade
– Partindo dos vereadores que possuem o currículo que possuem, (a moção) não me preocupa. Vou fixá-la no mural do quartel. Isso serve de atestado de que a PM está incomodando interesses particulares e eleitoreiros – respondeu Koglin.
O comandante ainda garantiu que as ações de fiscalização serão mantidas, porque se tratam de uma determinação do Comando Geral para todo o Estado.