A concessão de uso da Expoville à iniciativa privada, aprovada nesta quarta-feira em primeira votação na Câmara de Vereadores de Joinville, deve abrir portas para Parcerias Público-privadas (PPPs) em outros empreendimentos públicos da cidade, como o Centreventos Cau Hansen e a Arena Joinville, apostam vereadores, entidades empresarias e o setor turístico.´
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Mesmo com restrições do PT do prefeito Carlito Merss e até da oposição, que quis impor regras a ponto de ameaçar a iniciativa, o debate evoluiu e culminou com aprovação por unanimidade.
Presidentes de entidades como Udo Döhler, da Associação Empresarial (Acij), e Carlos Grendene, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), acreditam que a o entendimento político sobre o projeto é um marco.
– Acreditamos que o modelo vai servir de exemplo para concessões futuras, como a do centreventos. Ajuda o poder público a gerir melhor esses espaços -, diz Udo.
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– A iniciativa privada tem muito mais agilidade do que a Prefeitura para administrar um equipamento voltado a uma área dinâmica como o turismo -, acrescenta Grendene.
O Joinville Convention Bureau, órgão que capta eventos à cidade, diz que a expectativa pela aprovação da concessão repercutiu no Estado.
– Blumenau, por exemplo, nos comunicou na quarta que vai buscar o mesmo modelo da Expoville para implantar no Parque Vila Germânica (onde acontece a Oktoberfest) -, diz a diretora executiva Maitê Ulhmann.
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A presidente da Fundação Turística de Joinville, Maria Ivonete Peixer, concorda que a Expoville pode se tornar um modelo para que a cidade ganhe experiência e evolua em relação às PPPs.
– Cada equipamento é um caso. Tem que analisar se na área de cultura ou de esporte daria retorno. Mas considero a aprovação uma vitória porque não fica só no debate ideológico e permite ver como isso funciona na pratica.
A Fundação Turística diz que há chance da licitação da Expoville ser lançada em fevereiro. A lei deve ser sancionada ainda este ano pelo prefeito. Ajustes finais da licitação, já em elaboração, ocorreriam em janeiro e devem permitir o lançamento do edital no mês seguinte. O procurador jurídico do município, Naim Tannus, diz que já há entendimento a respeito. No melhor dos cenários, se nenhuma empresa emperrar o processo, a vencedora pode começar a operar a Expoville por volta de julho.
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