Calor impulsiona venda de água mineral e espera pelo produto chega a 20 dias em Blumenau

O calor mais forte dos últimos 83 anos e as quedas no abastecimento do Samae resultaram numa corrida por bombonas e garrafas de água mineral. Para o setor que comercializa o produto o momento é de comemoração. De acordo com Associação Catarinense das Indústrias de Água Mineral de SC (Acinam), as vendas em janeiro cresceram 30% em comparação com o mesmo período de 2013.

A demanda fez com que as distribuidoras da região triplicassem o estoque para atender os clientes. É o caso da Sul & Mar, revendedora da marca Imperatriz em Blumenau, que recebe três carretas de água por dia. No inverno esta quantidade cai para uma. Somente na semana passada foram comercializadas cerca de 4 mil bombonas de 20 litros.

– Está uma loucura para atender a todo mundo, tamanha é a procura por água. Isso ocorreu não só por causa do calor, mas devido a falta d?água também – analisa Sulimar Mamédio Ferreira, dono da distribuidora.

Na distribuidora da Cristalina para o Vale do Itajaí o prazo para a entrega do produto, dependendo do tamanho do pedido, varia entre 15 a 20 dias. Conforme o representante da empresa, André Nogueira Candido, a venda tem sido maior do que a produção:

– Na verdade desde outubro do ano passado já percebíamos um aumento na procura pelo produto. Porém, a partir de janeiro, quando o clima ficou mais quente, começamos a trabalhar praticamente sem estoque porque simplesmente não sobram garrafas.

A situação não se restringe apenas às distribuidoras. Quem vende diretamente ao consumidor também encontra dificuldade em ter uma reserva do produto. A gerente financeira do disque água Blu Águas, Scharlene de Oliveira

Schmitt, comenta que para comprar fardos de garrafas com 500 mililitros e um litro e meio é ainda mais difícil. Somente na semana passada, a empresa vendeu cerca de mil bombonas de 20 litros.

Apesar da grande procura não há falta de água mineral no comércio da cidade. Em três grandes redes de supermercados consultadas pelo Santa todas confirmaram ter estoque.

Com a alta procura pelo produto, o consumidor deve estar atento a algumas orientações na hora de comprar tanto garrafas como bombonas de água mineral. O presidente da Acinam, Tarciano Oliveira, lembra que é preciso observar a validade da bombona e se ela está lacrada, a validade do produto e também a origem da mercadoria.

– É muito importante observar de qual empresa vem o líquido. Com tanta demanda, não dá para descartar que alguns aventureiros queiram se aproveitar da situação – comenta.

O consumo de água mineral do brasileiro em 2013 foi de 55 litros. O número é três vezes menor do que na Europa.