– Eu acho que os joinvilenses amam sua cidade. Por isso, quando alguém de fora elogia, eles ficam tão felizes – analisa Matthew Sligar, 34 anos.
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Quando caminha pelas ruas de Joinville, Matthew não chama muita atenção e passa facilmente por um nativo. Também pudera: descendente de alemães, não seria de admirar se os antepassados tivessem vindo para o Sul do Brasil, mas ele é o primeiro entre os parentes a conhecer Joinville, e a se apaixonar pela cidade.
A admiração virou vídeo, que foi postado nas redes sociais e começou a fazer sucesso entre os moradores. Sob o olhar de Matthew, que é californiano, as ruas e os pontos turísticos mais comuns da cidade são mostradas com frescor de novidade em This is Joinville, que foi compartilhado mais de 600 vezes após sua publicação, há três semanas.
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Casado com uma joinvilense, Matthew visitou Joinville pela primeira vez em 2010 e, desde 2013, vem passar as férias de verão na região. Fazendeiro no Norte da Califórnia, com um belo histórico de viagens pelo mundo, ele não conhecia nada sobre o Brasil até chegar aqui – e se surpreender.
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– Sou a terceira geração de fazendeiros de arroz e, em novembro, a colheita acaba e fica muito frio. Então, meus pais sempre planejaram viagens para este período, e agora eu faço o mesmo, com a diferença de que sempre visitamos o Brasil – conta ele.
Em Joinville, a primeira impressão foi a conexão entre terra, mar e cidade, que pode ser confirmada ao subir no Mirante. Mas, ainda que curta registrar em imagens os lugares mais bonitos da cidade, foram outros dois elementos que o encantaram: a história e a comunidade locais.
– Na primeira vez que visitei Joinville, uma vizinha dos meus sogros falou comigo em português, pedindo o jornal. Eu não entendia nada de português e, assim que ela percebeu, começou a falar em alemão – recorda.
Ao decidir que aprenderia português, veio a primeira lição de história: o californiano foi levado pelo professor particular para visitar o Museu Nacional da Imigração e Colonização e conhecer a história do príncipe de Joinville, François Ferdinand que, após casar com a princesa brasileira Francisca Carolina, herdou estas terras para, depois, vendê-las a uma empresa colonizadora.
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O local, assim como a rua das Palmeiras, são dois dos pontos turísticos mais famosos da cidade e, por isso, parecem triviais para os moradores, mas são os lugares preferidos de Matthew.
– Minha mãe saiu da Alemanha quando era bem criança, mas a cultura alemã sempre esteve dentro da nossa casa. Eu gosto muito de vê-la em Joinville, na arquitetura das casas – conta.
As experiências definidoras vieram da espontaneidade: após visitar a fábrica de roupas dos sogros, Matthew decidiu usar o tempo livre das férias para aprender costura com as funcionárias da fábrica. E, como não poderia deixar de ser, um dia saiu sem destino pela Rodovia do Arroz e entrou na primeira chácara com a porteira aberta. Lá, passou o dia conhecendo e comparando o processo de plantio e colheita de arroz feito em Joinville.
– Sempre fui bem tratado por todos aqui, e acho que é por isso que gosto tanto. São as pessoas que fazem uma cidade – reflete Matthew.
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Passeios preferidos de Matthew:
Passear na rua das Palmeiras.
Levar a filha ao Zoobotânico.
Visitar o Museu Nacional de Imigração e Colonização.
Curtir um samba no Mercado Municipal.
Caminhar em volta da quadra do 62º Batalhão Infantaria.
Os vídeos de Matthew:
O canal Rice Farming TV foi criado em agosto de 2016 para mostrar como é a vida e o trabalho em uma fazenda de arroz.
Como está em férias, Matthew decidiu continuar os episódios, agora apresentando Joinville e as praias de São Francisco do Sul.