Depois da confirmação de que os dois principais índices de inflação do Brasil terão nova fórmula de cálculo a partir de janeiro de 2012, bancos e consultorias começam a rever suas projeções para o próximo ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para o acompanhamento das metas de inflação, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que baliza as negociações salariais, terão maior peso de produtos industrializados do que das mercadorias in natura, como verduras e legumes.
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Conforme o IBGE, a nova estrutura segue informações colhidas na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-2009. Com base nesses dados, bancos e consultorias econômicas começam a projetar os efeitos no resultado final. A expectativa é de uma redução entre 0,2 e 0,5 ponto percentual no acumulado do IPCA para o próximo ano. O Itaú Unibanco avaliou, por exemplo, que o peso dos bens industrializados deve aumentar de 22,5% para 26,6%, enquanto a alimentação deve diminuir de 25,3% para 22,6%. Ainda na avaliação do Itaú, a redistribuição regional das capitais pesquisadas dará menor peso a Porto Alegre, São Paulo, Rio e Brasília.