Basta o dia amanhecer para a orla de Balneário Camboriú ser tomada por praticantes de atividade física. Seja numa caminhada, pedalada ou corrida, milhares de pessoas se cruzam em busca de uma vida mais saudável – mas será que estão fazendo isto do jeito certo?
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A reportagem do O Sol Diário testou a calçada da Avenida Atlântica, e pediu a um profissional de Educação Física e um médico ortopedista que avaliassem a estrutura disponível. Ambos reprovaram o calçadão para a prática segura de exercícios físicos devido à irregularidade da superfície e à dureza do material.
O teste foi feito num trecho de um quilômetro, durante uma caminhada de 30 minutos, entre a Praça Almirante Tamandaré e a Rua 1.301. Entre os problemas encontrados havia buracos, pedras soltas e obstáculos, além de irregularidades: mesmo nos locais que não estão em obras, as pedrinhas brancas e pretas, que embelezam a orla, formam uma superfície propícia à formação de ondulações.
O conjunto faz do calçadão um belo local para um passeio, mas uma opção pouco segura para quem quer se exercitar – em especial para os idosos, diz o médico ortopedista Marcelo Kodja.
– Pessoas de mais idade podem sofrer quedas – alerta.
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Janete Lavratti, 52 anos, caminhava nesta quinta-feira pela calçada de olho nas imperfeições, porque tem medo de se machucar.
– É perigoso, sempre procuro caminhar com cuidado – diz.
Além das irregularidades, a calçada tem outra desvantagem: a superfície é dura e, portanto, absorve menos impacto – o que aumenta a possibilidade de problemas nas articulações. A opção, para quem não abre mão das caminhadas, é exercitar-se na areia.
– A areia é menos densa do que as pedras da calçada. Acaba sendo uma opção mais segura – explica Jean Cesar Couto de Souza, mestre em Educação Física e professor da Univali.
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