Alejandro Rodrigues tem apenas dez anos, mas já sabe reivindicar seus direitos. Por WhatsApp, entrou em contato com a reportagem para comunicar que ele e outros cerca de 700 alunos da Escola Estadual República da Argentina, no Jardim Lindóia, na Zona Norte da Capital, não estão tendo aulas.

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O motivo é o vazamento da caixa d’água do colégio, que inundou um dos prédios, na sexta-feira passada. De acordo com a direção da escola, ainda não há previsão de quando as atividades serão retomadas.

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As aulas foram suspensas na sexta-feira passada, quando, por rachaduras, vazaram os 18 mil litros de água acumulados na velha caixa d’água da escola que, segundo a diretora, Rejane dos Santos, já tem 40 anos.

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– Escorria água pelo prédio inteiro. Parecia uma cachoeira – descreve Rejane.

Riscos de curto-circuito

Além de retirar os alunos do prédio, a diretora, a vice, Mágida Sleiman, e professores correram para salvar computadores, livros e outros materiais.

– As luminárias foram atingidas, corria um grande risco de curto-circuito – disse Mágida.

De acordo com a vice-diretora, além do problema causado pelo vazamento, o encanamento antigo fazia com que uma água escura chegasse aos bebedouros utilizados pela comunidade escolar.

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– Por decisão da Secretaria Estadual de Educação, pela segurança dos alunos, as aulas foram suspensas e só deverão ser retomadas quando o problema estiver resolvido. O tempo perdido será recuperado em uma das duas semanas das férias de julho – antecipa Rejane.

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Além dos alunos, quem tem se queixado bastante da situação é a aposentada Maria Doraci Tauchen, 55 anos. Avó de Alejandro, ela tem outro neto e três filhos na escola. Sem aulas, as crianças passam o dia brincando com amigos, que enfrentam a mesma situação, na Vila Nazaré, onde moram.

– Quando as crianças faltam, nos botam a boca. Agora, não está tendo aula e não é por culpa nossa – diz.

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Poderia ter sido evitado

– Era um incidente anunciado – diz a diretora da escola, Rejane dos Santos.

Segundo ela, no final do governo passado, em outubro, a 1ª Coordenadoria Regional de Educação da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) foi comunicada da precariedade da caixa d’água.

– Mas o processo foi arquivado. Se tivessem tomado alguma atitude naquela época, isso não teria acontecido agora – diz ela.

Um engenheiro da Secretaria de Obras do Estado esteve na escola e fez um levantamento da situação. Amanhã, a partir de um relatório que lhe será entregue, a diretora pretende encaminhar o processo à Seduc, que, por sua vez, deverá encaminhar o empenho (depositar o dinheiro na conta da escola), para a realização da obra. Uma caixa d’água com capacidade de 10 mil litros deverá ser colocada dentro da estrutura atual, com a troca de todo o encanamento.

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Se a sua escola está com problemas estruturais ou com falta de professores, entre em contato com o Diário Gaúcho pelo telefone 3218-1654, via WhatsApp 9731-4654 ou pelo e-mail lis.aline@diariogaucho.com.br