A curadoria artística do Festival de Dança de Joinville, formada por especialistas em diferentes gêneros e responsável por aconselhar a diretoria nos rumos do evento, agora será formada pela bailarina e diretora artística do Balé do Theatro Municipal do Rio, Ana Botafogo; a pesquisadora em dança, Thereza Rocha, e o diretor e coreógrafo de jazz e musicais Caio Nunes. A bailarina e coreógrafa Mônica Mion se despede após três anos como consultora do evento.

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— Eu já conhecia o Festival de Joinville, porque vinha como jurada e professora, mas não temos noção da grandiosidade do evento quando olhamos de fora — afirma Mônica.

No trabalho dos curadores, está a seleção dos grupos inscritos para a Mostra Competitiva, a indicação de professores, jurados e companhias convidadas, além de, durante o evento, acompanhar a programação e analisar os erros e acertos para, depois, apresentar sugestões sobre os formatos à diretoria. Mônica aponta como a simultaneidade de eventos é característica forte do Festival já que, ao tentar oferecer opções para todos os gêneros, faixas etárias e níveis de formação, o limite de tempo torna-se um inimigo.

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— Já aumentamos um dia neste ano porque, quando queremos introduzir algo novo, tem que ser no mesmo horário de outros eventos. O que é intrigante é que tudo tem público, que às vezes se entrecruzam, mas, muitas vezes, são totalmente diferentes — avalia.

Convidado para tornar-se curador há cerca de dois meses, Caio Nunes já ouviu a recomendação de Ely Diniz para que viesse ao Festival de 2017 com “olhos de curador”. O artista, que visitou o Festival pela primeira vez nos anos 1980, chegou a passar cerca de 20 anos sem participar do evento, mas retornou no ano 2000 oferecendo cursos que reuniam canto, dança e interpretação. Desde então, não deixou mais de vir, como professor ou como jurado.

Além de oferecer contribuições em sua área, o jazz, Caio também pretende colaborar no desenvolvimento de outro foco do Festival de Joinville. Há alguns anos, o evento oferece formação não só para bailarinos, mas também para a área técnica dos espetáculos.

— Precisamos de outros profissionais que tenham outras formações para que tenhamos cabeças diferentes, de diferentes vertentes, com a mesma proposta — avalia.

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