Uma mulher foi agredida pelo cafetão em Navegantes porque teria “deixado de fazer 24 programas”. Ela conseguiu chamar a Polícia Militar e o homem foi preso em flagrante. Nesta terça-feira (4), o Tribunal de Justiça negou o pedido de soltura dele e manteve a prisão preventiva, decretada logo após o crime.

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Em agosto, a PM recebeu um chamado para uma suposta tentativa de homicídio dentro de uma casa de prostituição. A vítima revelou ser garota de programa e disse ter sido a agredida pelo dono do estabelecimento.

Ela contou que pagava R$ 50 pela diária de um quarto e mais a metade de cada programa. Na data do ataque, a jovem disse que saiu com um cliente e voltou somente no dia seguinte. Por isso, o cafetão queria cobrar uma dívida de R$ 2,9 mil. Isso porque ela teria deixado de fazer 24 programas durante o período que esteve fora.

Para evitar que a vítima deixasse a casa, o homem pegou o celular dela e o acesso às contas bancárias. Ela disse que o agressor tinha uma arma, que foi estrangulada e ameaçada por ele, que intimidou a filha dela também. A mulher comprovou os programas e os repasses financeiros para a esposa e para o filho do acusado.

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Quando os policiais chegaram ao local, encontraram mais sete garotas de programa e os celulares de todas elas estavam com o agenciador. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva.

Inconformada, a defesa do acusado ingressou com um Habeas Corpus junto ao TJSC. Pediu a revogação da prisão com o argumento de que não existe elementos concretos da periculosidade do acusado. Ressaltou ainda que a arma não foi encontrada, que o réu é primário e possui residência fixa. Por fim, pediu apenas a aplicação de medidas cautelares.

Os pedidos foram negados. O homem vai responder por cafetinagem, manutenção de casa de prostituição, além de lesão corporal.

Cafetão agride mulher que “deixou de fazer 24 programas” em SC e tem prisão mantida

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