Com a inflação em alta, o preço de todos os produtos do dia a dia dos brasileiros ficou mais caro, até mesmo do queridinho do país: o café. Em 2021, a bebida chegou ao maior preço em mais 25 anos, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o que fez muitos consumidores abandonarem o produto. O alto custo de produção são os principais responsáveis pelo aumento do valor.  

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Conforme a Abic, o valor médio da saca de 60Kg está em cerca de R$1,3 mil a R$1,5 mil, o equivalente a pelo menos US$ 220. A última vez que preço chegou nesse patamar foi em 1994, quando uma geada atingiu os estados de Paraná e São Paulo, que eram os maiores produtores do Brasil na época, o que fez a produção cair. 

Atualmente São Paulo e Minas Gerais são responsáveis pela maior parte da produção brasileira de café. A falta de chuvas e geadas nas regiões produtoras afetou as lavouras, comprometendo a última safra do produto.  

Além das condições climáticas, outros fatores que contribuem para o aumento do preço são a alta do dólar, aumento do combustível e da energia elétrica. Como a indústria do café é bastante automatizada, com mais uso de máquinas do que mão de obra humana, gasta-se muita energia o que influencia no custo de produção. 

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Brasileiros abandonam café 

Com o aumento do preço, muitos brasileiros pararam de comprar café nos supermercados, ou diminuíram o consumo. A Acib estima que no último mês, houve uma queda de 14% no consumo interno da bebida.  

As projeções para 2022 ainda são especulativas, já que somente em março do ano que vem o setor terá uma ideia mais clara sobre a colheita da safra 2021-2022. Por enquanto, o preço do café que os consumidores encontram nos supermercados continua amargo. 

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