O primeiro caso de raiva humana em Santa Catarina após 38 anos reforça a importância da vacinação de animais. Uma mulher de 58 anos, que morava na área rural de Gravatal, no Sul do estado, morreu por causa da doença no último sábado (4). O caso anterior havia sido registrado em 1981, na cidade de Ponte Serrada, Oeste de SC.
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Segundo o gerente de Zoonoses da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, João Fuck, todos os cães e gatos num raio de cinco quilômetros da casa onde foi registrado o caso recente serão vacinados com a antirrábica a partir desta quinta-feira (9), além de orientar a população sobre os cuidados necessários.
– Temos vacinas disponíveis, e já solicitamos ao Ministério da Saúde mais 10 mil vacinas que devem chegar ao estado essa semana – garantiu João Fuck.
Para os humanos, a vacina só é indicada após um acidente – a transmissão se dá a partir do contato com a saliva do animal infectado pelo vírus. Segundo a Vigilância Epidemiológica de SC, a mulher teria sido contaminada após ser mordida por um gato, no fim de fevereiro, mas não procurou o centro de saúde logo após o episódio. Em meados de março, começou a apresentar sintomas de raiva humana.
– A doença passa por um período de incubação bastante longo, de até 45 dias, e então passa a apresentar os sintomas. No começo, é bem geral, com dor de cabeça, enjoo, ansiedade e irritabilidade. Isso vai evoluir para uma dormência e formigamento no membro onde aconteceu o acidente, até um quadro neurológico importante, que deixa o caso bastante grave – alerta o gerente de Zoonoses.
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O ideal é que as pessoas vacinem seus animais contra a raiva. Porém, se alguém perceber que cachorros e gatos mudaram seu comportamento rotineiro, ficaram mais agressivos, não estão mais se alimentando ou encontram dificuldades para se movimentar, é fundamental levá-los ao médico veterinário.
Segundo a Dive-SC, o último caso de raiva neste tipo de animal registrado em SC ocorreu em 2016, em um cão na cidade de Jaborá, no Oeste do estado.
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