Acorrentados, fechados em pequenos espaços ou enjaulados em gaiolas, dez cachorros, mais de dez gatos e um cavalo foram encontrados no domingo, em um sítio no bairro Nereu Ramos, em Jaraguá do Sul, por voluntários da Associação Jaraguaense Protetora dos Animais (Ajapra).

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Atendendo a uma denúncia por e-mail, sete voluntários da Ajapra foram à casa de uma agricultora que mantinha os animais no terreno onde cultiva plantas. A associação recolheu nove bichos.

– Nossa ideia era apenas conferir a situação e antes de tirar os animais de lá. Mas, quando vimos que estavam desnutridos, sem condições de vida, recolhemos pelo menos os mais graves – comenta uma voluntária da Ajapra, Maria de Lourdes Correa.

A associação pensa em realizar uma feira de adoção e outros eventos para arrecadar dinheiro para tratar os animais. Maria de Lourdes relata que havia dois cães vivendo em um galinheiro de 1,5 m2.

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– Além de fechados, estavam acorrentados, sentados em cima de fezes e sem comida ou água por perto.

Outros três estavam em um galpão um pouco maior e em situação parecida.

– O caso mais grave estava ali dentro, a Madona. Uma cadela de dez anos, muito desnutrida e sem nenhum estímulo de vida. Estava quase sem reações – acrescenta.

Do lado de fora, outros dois cães estavam presos por correntes curtas. Junto à lavagem dos porcos, no chiqueiro, um cachorro assustado também estava amarrado por corrente. Um cavalo com a pata machucada e as costelas aparentes, estava solto.

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Mas o que mais causou estranheza aos voluntários foi se depararem com dois gatos dentro de uma pequena gaiola para pássaro, pendurada na parede. Também havia oito gatinhos em um pequeno espaço de 1,5 m2. Todos os animais tinham feridas na pele, causadas por pulgas e piolhos.

Maria de Lourdes conta que a dona da casa explicou que os cachorros eram presos para não matarem as galinhas. A voluntária avalia que a mulher agiu por ingenuidade.

– É uma agricultora com pouca informação. Ela disse que os animais eram largados perto na rua perto de casa e ela ficava com pena de deixá-los abandonados – afirma Lourdes.

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Seis cachorros e três gatos foram levados a uma clínica veterinária. Os voluntários levaram ração e correntes mais compridas para os animais que ficaram no sítio. Alguns foram soltos.

– Vamos voltar daqui dez dias para ver se já estão melhores, mesmo com a ideia de tirar quase todos os animais de lá – avalia Maria de Lourdes.

A Ajapra agora se esforça para achar lares temporários ou permanentes para os animais se recuperarem e dinheiro para ajudar a custear as despesas, calculadas em mais de R$ 3 mil – tratamento, vitaminas, castração, vacinas e diária na clínica.

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Há duas formas de ajudar: procurando a clínica Amizade ou depositando dinheiro na conta bancária da Associação (agência 0417 da Caixa Econômica Federal; c/c 4302-0). ?