Músico, fotógrafo, agitador cultural. Vários títulos definem o trabalho do jornalista Leo Laps, e a partir da próxima semana ele poderá acrescentar mais um à lista: formador de opinião. Na próxima quarta-feira, o blumenauense estreia como colunista do Anexo e promete dar cara nova à tradicional Contracapa. O lançamento ocorre um dia antes, terça-feira, em uma festa com direito a discotecagem com vinil e bate-papo no Factory Coffee Bar, no Centro de Blumenau, às 19h30min. A entrada é gratuita.

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A ideia, diz Leo, é fazer do novo espaço uma referência para a arte e cultura da cidade. Jornalista formado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2004, começou a se interessar pelo universo cultural muito cedo. Aos 13 já tocava violão e três anos depois fundou a primeira banda – um cover de Black Sabbath. Nunca mais parou. Além da banda Clube dos Corações Partidos, o jornalista de 35 anos se dedica à gestão da popular Feirinha da Servidão Wollstein e segue investindo em outra paixão: a fotografia. A seguir, saiba mais sobre o novo colunista do Anexo:

A música

“Ouço rock desde os 10 anos de idade. Eu tinha uma fitinha Maxwell que o meu irmão gravou pra mim com Faith no More de um lado e músicas do Guns ‘n’ Roses, Black Sabbath e Led Zeppelin do outro. Música brasileira e jazz descobri mais tarde, na faculdade, quando fui apresentado a Tom Zé, Tim Maia, Miles Davis. Comecei a tocar violão aos 13, e desde então tive várias bandas – acho que mais de 10 . A Clube dos Corações Partidos, minha atual, começou em 2011. Nosso baterista tinha algumas letras. Eu não compunha há anos, mas decidi tentar. Deu certo. As coisas demoram pra acontecer, mas sinto que estamos crescendo.”

Feirinha da Servidão Wollstein

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“A feirinha foi uma coisa que aconteceu meio sem querer. Foi um experimento meu, do Giovanni Ramos e do Fábio Wollstein. A gente já conversava há tempos sobre o assunto, e eu sempre pensei que a Curt Hering tinha que ter uma feirinha. A primeira edição rolou dia 8 de dezembro de 2013. Chamamos algumas pessoas que queriam vender vinil, fazer brechó, e eu toquei no dia com o Leo Maier. Foram 15 ou 16 feirantes e mais ou menos 800 visitantes. O lance da feirinha é que ela é como um trabalho voluntário. Não é um negócio, é um presente para a cidade. A grana que sobra usamos pra divulgação, melhorias, essas coisas. Os músicos até hoje foram todos voluntários. Nossa ideia é inscrever o projeto no Fundo Municipal de Cultura pra viabilizar esses cachês.”

Paixão por trás da lente

“A fotografia entrou de vez na minha vida quando eu fui morar na Austrália, em 2008. Lá comprei uma Canon 450D e passei a publicar as fotos em redes sociais. Quando voltei para o Brasil surgiu a oportunidade de publicar um livro fotográfico sobre Blumenau. Passei três meses fotografando a cidade, grupos folclóricos, cartões postais, essas coisas. Ao longo dos anos me envolvi com ensaios de famílias, fotografia de gastronomia e reportagens, principalmente de turismo. Sigo fotografando até hoje, inclusive dando aulas para iniciantes.”

Trajetória e futuro no Santa

“No Santa tive meu primeiro emprego depois que saí da universidade. Fui selecionado para uma vaga de repórter no Esporte. Fiquei até 2008, quando fui para a Austrália. Foi bem divertido, apesar de eu nunca ter pensado antes em ser repórter esportivo. Cultura sempre foi o tema sobre o qual eu mais gostava de escrever quando estudante, mas só agora surgiu essa boa oportunidade na área. Tô bem feliz, é uma oportunidade que eu quis abraçar. Com a coluna eu espero ajudar a fomentar o cenário cultural da região. Que ela se torne referência.”

As escolhas de Leo

Uma banda: Wilco

Um filme: Encontros e Desencontros

Um show: O show do Clube no Teatro Carlos Gomes pelo Colmeia, em 2013

Um disco: Tim Maia 76

Um fotógrafo: Ansel Adams

Um jornalista: Hunter S. Thompson

Um escritor: Charles Bukowski

Uma pessoa que admira: Alexander Supertramp

Um lugar em Blumenau: Nova Rússia