Se você guardou suas economias na caderneta de poupança não precisa se preocupar com a elevação da taxa básica da economia, a Selic, de 7,25% a 7,5% ao ano. Economistas recomendam deixar o dinheiro onde está. A variação determinada pelo Banco Central, na quarta-feira, não é significativa.
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A poupança continua atrativa, especialmente se for da modalidade antiga – com depósito anterior a 4 de maio de 2012 -, que garante maior renda em relação à atual. O matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho, do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), lembra que fundos de renda fixa cobram Imposto de Renda e taxas de administração.
Desde quarta-feira, depósitos na poupança nova começam a render 0,4273% ao mês (0,0139 ponto percentual a mais), o que reverterá em 5,25% ao ano. Quantias acima de R$ 10 mil talvez até remunerem um pouco mais em certificados de depósito bancário (CDBs), mas Sobrinho avalia que não vale a pena trocar de aplicação.
– Não muda significativamente. Melhor deixar na poupança – sugere Sobrinho, também professor na Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi).
Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), também aponta a poupança como melhor opção. Principalmente se for do modelo antigo, que estabelece 6,17% ao ano – acima dos 5,25% do formato que vigora hoje.
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– A caderneta tem seu ganho garantido por lei e não sofre qualquer tributação, diferentemente dos fundos de renda fixa – observa Oliveira.
Para o educador financeiro Augusto Saboia, as famílias devem se acautelar com a inflação de 5% – uma ameaça às aplicações e ao poder de compra dos salários. O especialista entende que as pessoas devem diversificar suas finanças pessoais, preferindo as ações de empresas sólidas, com produtos confiáveis e de responsabilidade social.
– Tecnicamente, estamos com rentabilidade negativa. A queda da inflação é que ajudaria – diz Saboia.