Cadeirante realiza voo duplo de parapente em Jaraguá do Sul

Superar os limites faz parte da rotina de Igor Vilenei Okopnik que possui uma doença degenerativa e utiliza a cadeira de rodas como meio de locomoção. Após duas semanas de expectativa, Igor de 33 anos participou de um voo duplo de parapente no último sábado em Jaraguá do Sul. Partido do Morro das Antenas, ele superou os 896 metros de altura. Junto ao instrutor Andy Moreira, que o conduziu, Igor reuniu coragem para superar novamente mais um obstáculo e realizou o seu sonho de voar.

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Faz parte da rotina de Igor subir o Morro das Antenas, ele costuma subir o morro com seu carro e aproveita para contemplar a paisagem. Na última vez, ele comentou com sua professora de natação, Agniska Mafalda Schutzler, que só voltaria se fosse para voar.

– Eu nunca tinha pensando em voar de parapente. Há um mês comentei com ela que só voltaria lá se fosse para voar, como ela conhecia o Andy Moreira começou a fazer o intermédio para o desafio – revela Igor.

Aproveitando a experiência do instrutor Andy Moreira, que está 16 anos no ramo e que já voou com crianças e idosos, Igor realizou o voo no último final de semana. A subida do morro foi em uma Brasília, por volta das 9 horas da manhã.

– Esperamos as condições mais que perfeitas para executar o salto. Como preciso de ajuda do passageiro para corrermos na rampa, outros dois pilotos correram junto para ajudar no momento do salto. Fizemos um salto teste e, no segundo, salto conseguimos decolar com facilidade – relembra Moreira.

Igor conta que quando surgiu à proposta não pensou duas vezes. Ele se diz uma pessoa que gosta de novos desafios. Na hora do voo, não ficou com medo e revela que o que mais encantou foi a forma que foi tratado pela equipe de Andy Moreira.

– Para eles, todas as pessoas são iguais. As adaptações para meu salto foram apenas mais um detalhe. Em nenhum momento, se sentiram incomodados por me ajudarem – revela.

Segundo Igor, voar não é uma questão de coragem, é uma questão de determinação, provando que não são as asas que nos fazem voar, mas sim o desejo de ir além, pois para o homem, voar era uma deficiência. Como Igor faz parte do Grupo Acessibilidade Jaraguá, o objetivo é promover a inclusão das pessoas com deficiência e que elas encontrem seus lugares na sociedade.