Dezenas de refugiados sírios chegados à ilha grega de Kos começaram a ser cadastrados neste domingo no ferry enviado pelo governo para acelerar o procedimento e diminuir a tensão gerada pelo fluxo crescente de migrantes.

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Os serviços de imigração, instalados em escritórios no ferry Eleftherios Venizelos, atracado no porto de Kos desde sexta-feira receberam os primeiros grupos que queriam se cadastrar.

Está previsto que a embarcação fique ao menos duas semanas em Kos, segundo fontes oficiais.

Os funcionários a bordo cadastrarão os sírios já presentes na ilha e os migrantes que forem chegando, independente de sua nacionalidade, indicou uma fonte do Alto Comissariado para os Refugiados da ONU (Acnur), Stella Nanou.

Os refugiados sírios estão autorizados a ficar no ferry o tempo que durar o processo de cadastro, afirmou Nanou.

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Centenas de migrantes chegados a Kos se veem obrigados a viver em barracas de campanha, pois falta um centro de acolhimento na ilha.

Os migrantes de outras nacionalidades presentes na ilha há vários dias – afegãos, iraquianos, paquistaneses, somalis e eritreus – deverão continuar se cadastrando na delegacia de Kos.

Na véspera, segundo a imprensa local, voltaram a ocorrer incidentes durante as longas filas de espera na delegacia.

Por outro lado, cerca de vinte iraquianos protestaram na entrada do porto exigindo seu acesso ao ferry.

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Dos cerca de 7.000 migrantes presentes em Kos desde o início da semana, 2.500 ainda esperam para obter seus documentos. Durante a noite, ocorrem novas chegadas da vizinha Turquia.

Sobrecarregada, a polícia de Kos protagonizou nos últimos dias várias cenas de tensão para ao utilizar cassetetes e gás de extintores para controlar os migrantes que se aglomeravam em um estádio.

* AFP