O presidente do Sindicato dos Taxistas de Blumenau e Região, Luiz Carlos Oliveira, acredita que a quantidade de veículos é suficiente na cidade e defende que um novo processo licitatório não é necessário pois o serviço vem sendo executado com qualidade na cidade. No entanto, garante que ainda existem relações de aluguel de veículos autorizadas pelo Seterb.
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Blumenau precisa de um novo sistema de concessão para os táxis?
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A licitação é necessária para novas concessões, o que não é o caso no momento. Estamos com o número de táxis condizente com os habitantes, como diz a lei. No ano passado a presidente Dilma sancionou uma lei dando hereditariedade às permissões dos taxistas no Brasil. Novas concessões e licitações, só para as novas vagas. Isso é lei federal, a não ser que o município vá passar por cima disso. Quem tem a concessão já está ali há muitos anos, vive disso. Cada táxi na cidade sustenta três famílias. O assunto é complicado pois você vai tirar pão de um para dar para outro.
As concessões antigas prejudicam o serviço oferecido em Blumenau?
Não prejudica. O trabalho continua o mesmo e todas as necessidade são superadas. Estamos sempre buscando ter um serviço melhor. Temos 99% da frota formada por carros com menos de dois, três anos de idade. O pessoal está se reciclando na forma de atendimento. O Seterb nos ajuda e formamos uma parceria para o bem do táxi na cidade. Mexer em uma coisa que está funcionando, acho desnecessário.
O MP acredita que é preciso revogar todas as concessões e fazer uma nova licitação. Qual a sua avaliação sobre isso?
O serviço vem sendo bem executado e se houver necessidades de adequações, nós gostaríamos que isso fosse apontado. Não faz sentido fazer uma licitação para cinco anos. O ideal seria 20, 25 anos. Há cidades que dão 430 meses, isso é 35 anos, acho um prazo demasiadamente longo.
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Uma lei mais atualizada sobre o serviço poderia refletir na qualidade do trabalho oferecido?
Uma nova lei iria direcionar exigências, necessidades e comportamentos. Sabemos que existem algumas necessidades, mas são poucas. É preciso fazer uma lei que não prejudique nem a cidade, nem os táxis. Quando a prefeitura fez um grupo de trabalho para discutir o assunto, nem cooperativa, nem sindicato dos taxistas, foram convidados a participar.