A inadimplência no comércio de Santa Catarina teve um ligeiro aumento no segundo semestre de 2019, se comparado ao mesmo período do ano passado. O percentual mensal variou entre 16.48 e 16.50 de setembro a novembro deste ano, enquanto esteve entre 16.46 e 16.37 em 2018. Cada um dos catarinenses que integra a lista atual de inadimplência tem, ao menos, duas dívidas para regularizar no comércio.

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Os dados são da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de SC (FCDL), que leva em consideração, apenas, o Cadastro de Pessoa Física (CPF) confeccionado no Estado. Quem é de outro estado, mas tem atrasos pendentes em Santa Catarina, não entra no cálculo.

Mesmo assim, a entidade considera um percentual regular para o período, se levar em consideração pesquisas de anos anteriores. Significa que não houve acréscimo ou redução surpreendentes, mas um número de dívidas em aberto “de tamanho já esperado”.

Assessor institucional, João Carlos Dela Roca, afirma que entre os meses de dezembro e janeiro, a tendência é ter uma baixa no percentual de contas que não foram pagas até a data de vencimento. Isso, porque, os trabalhadores geralmente aproveitam a renda extra do final de ano – o 13º salário – para regularizar o crédito.

— É cíclico. A maioria das pessoas consegue regularizar sua situação, nesta época. E isso dura até março ou abril. Depois começa tudo de novo: novas contas, novos atrasos — explicou.

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A instituição não leva em consideração os setores bancário, imobiliário ou automobilístico.

Na Capital

Somente em Florianópolis, o comércio registra mais de 2,2 milhões de pessoas com dívidas nos últimos 5 anos, segundo a CDL do município.

O número de inadimplência na Capital catarinense é três vezes maior do que o número de habitantes.

Isso acontece, segundo a instituição, porque além dos moradores da Ilha de SC, que não conseguem cumprir com seus vencimentos, também há muitas pessoas que passam pela cidade e deixam contas em aberto, ou se mudam sem concluir seus os pagamentos.