“Como tu se enfiou aí?”. Essa foi a primeira pergunta que Douglas Carlos Threiss fez quando encontrou seu cachorro soterrado até o pescoço perto de casa, em Gaspar, no Vale do Itajaí, na noite desta sexta-feira (22). Neguinho, como o cão é chamado, precisou da ajuda do Corpo de Bombeiros para ser retirado do buraco em que estava preso. Ele não tinha ferimentos aparentes, mas foi levado para uma clínica veterinária em Brusque para ficar em observação.

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Douglas conta que por volta das 11h de sexta passou em casa e sentiu a falta de Neguinho, mas não estranhou porque o cachorro sempre sai para brincar às margens do rio, que fica perto da residência deles. No meio da tarde, a mãe de Douglas contou que o cão ainda não tinha aparecido.

— À noite eu cheguei em casa e ele não estava, mas não fiquei preocupado. Ele já ficou sumido assim. Depois de um tempo minha mulher ouviu ele chorando e acoando e nós saímos com a laterna para procurar ele. Do lado de casa tem uma plantação de capim elefante. Quando a gente encontrou ficamos muito surpresos, só tinha o focinho e os olhos de fora — contou Douglas. 

Sem ferimentos aparentes, Neguinho foi levado a Brusque para ficar em observação
Sem ferimentos aparentes, Neguinho foi levado a Brusque para ficar em observação – (Foto: Corpo de Bombeiros, Divulgação)
Buraco em que Neguinho ficou preso por cerca de oito horas
Buraco em que Neguinho ficou preso por cerca de oito horas – (Foto: Corpo de Bombeiros, Divulgação)
Apenas cabecinha e focinho de cachorro ficaram de fora
Apenas cabecinha e focinho de cachorro ficaram de fora – (Foto: Corpo de Bombeiros, Divulgação)
Douglas com o seu cão Neguinho e os Bombeiros que auxiliaram no resgate
Douglas com o seu cão Neguinho e os Bombeiros que auxiliaram no resgate – (Foto: Corpo de Bombeiros, Divulgação)

Sem ferramentas em casa para tirar o animal preso na terra, o dono acionou o Corpo de Bombeiros. A guarnição cavou o terreno ao redor do Neguinho para não machucar as patas, já que não se sabia como o corpo do animal estava embaixo da areia.

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Como Neguinho ficou preso daquela forma é uma incógnita, mas Douglas suspeita. Ele conta que antigamente no local onde o cachorro ficou preso tinha uma árvore, que foi cortada, e as raízes longas geraram buracos e criaram tocas. Para Douglas, Neguinho entrou em uma dessas tocas e na hora de sair ficou entalado e preso. 

— Eu calculo que ele pode ter ficado preso oito horas ou mais. Se tivesse chovido, ele tinha morrido.

Neguinho está há oito anos com Douglas. Um cachorro animado e brincalhão, ele gosta de brincar no rio e caçar outros animais. O dono conta que algumas vezes ele já chegou em casa com gambá morto. 

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Apesar do susto e da surpresa, Neguinho passa bem e a história tem um final feliz. Douglas vai pegar nesta tarde de sábado (23) o cachorro na clínica veterinária de Brusque, onde ele ficou em observação para conferir se tudo estava bem.

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