Um cachorro de dois anos, de olhar atento e cara de obediente, foi o responsável por um rombo milionário que o tráfico de drogas sofreu na tarde de domingo, em Florianópolis. Calcula-se que os 37 quilos de pasta-base de cocaína apreendidos pela equipe da Coordenadoria de Operações Policiais Especiais (Cope) no topo do Morro da Mariquinha valiam em torno de R$ 1 milhão e seriam suficientes para produzir 300 quilos da droga – que seria distribuída por toda a Grande Florianópolis.
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Mas nada disso teria acontecido não fosse pelo faro certeiro do mascote de pelagem negra que atende pelo nome de Cyborg. Com a cabeça apoiada no alto dos pacotes empilhados, o cão da raça American Staffordshire Terrier não desgrudou da droga recém localizada até receber ordens de seu condutor, o agente Augusto Cézar Meira. Era a forma que ele tinha de mostrar que os entorpecentes estavam bem protegidos.
Droga estava escondida em meio ao mato
Os 37 tabletes de aproximadamente um quilo cada um estavam escondidos dentro de uma espécie de gruta, em meio à vegetação que encobre o alto do morro. Os oito agentes do Cope chegaram ao local após avistar uma movimentação na redondeza – o policiamento já havia sido intensificado na região no início da semana passada, com a denúncia de que uma grande quantidade de droga estava prestes a chegar ao morro.
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A o se aproximar, porém, o grupo que guardava a pasta-base conseguiu fugir, mas não teve tempo para carregar os pacotes com eles.
– O Cyborg levou de cinco a dez minutos para localizar a droga, o que poderia ter levado horas, se dependesse só da gente. A mata era fechada e ainda chovia forte. Talvez nem conseguiríamos encontrá-la – afirmou o chefe da equipe da equipe Bravo, que fez a apreensão, Teily Fábio Silva dos Santos. ?
Cão integra equipe há um ano
O primeiro cão a integrar o Cope na história da corporação, já tem do que se orgulhar em apenas um ano de trabalho na polícia. Há seis dias, foi ele quem localizou os três quilos de maconha e as 53 petecas de cocaínas no Sambaqui, na operação que terminou com a prisão do suspeito de comandar o tráfico no bairro.
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A Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) começa, nesta segunda-feira, a investigar o caso para descobrir de onde teriam vindo as pastas-base e para quais pontos ela seria distribuída.