A morte de um cachorro baleado com pelo menos três tiros deu início a uma cena de revolta, confusão e depredação em um posto de combustíveis do Chuí, na fronteira entre Brasil e Uruguai.

Continua depois da publicidade

Conforme a Brigada Militar, por volta da 0h30min, um rapaz uruguaio que fazia compras em frente ao local ouviu disparos e declarou ter testemunhado um frentista do posto de combustíveis Kings, na Avenida Uruguai, disparando contra o cão. Segundo o relato do jovem à BM, ele teria tentando abordar o frentista, que se refugiou sem falar nada dentro das dependências do posto.

Continua depois da publicidade

A partir daí, populares começaram a chegar ao posto e encontraram o animal ainda com vida. Seria um cão sem dono preto de porte médio que circulava na vizinhança e era alimentado pelos vizinhos.

Em minutos, começaram a circular em redes sociais vídeos do cão ferido e relatos de que os disparos haviam sido feitos por um funcionário do posto. O estabelecimento, que funciona 24 horas, foi cercado por mais de cem pessoas. Bombas, vidraças e a loja de conveniência foram depredadas.

A Brigada Militar do Chuí, com reforço de Santa Vitória do Palmar, esteve no local e dispersou a multidão. Segundo a BM, em relação às depredações nada pode ser feito porque a maior parte dos autores veio da parte uruguaia da fronteira, e para lá retornou com a chegada dos agentes brasileiros. O caso do disparo contra o cachorro foi registrado junto à Polícia Civil de Santa Vitória do Palmar.

Pela manhã, GaúchaZH conversou com a direção do posto, que nega ter relação com a morte do cão. Segundo o gerente, que preferiu não se identificar, os funcionários não portam armas e não estão autorizados a efetuar disparos em hipótese alguma. O gerente diz ainda que desconhece se o cachorro costumava circular pelo local. Segundo ele, o posto é cercado por muro e não é comum animais nas suas dependências.

Continua depois da publicidade

O estabelecimento pretende contratar seguranças para operar no restante do feriado e registrar ocorrência na Polícia Civil sobre a depredação.