Rica, estruturada e com pilotos de talento, a Stock Car desembarca neste domingo, em Tarumã, após duas temporadas longe do circuito de Viamão. Às 9h30min será dada a largada para a nona etapa de 2012. Líder da classificação, com 115 pontos, o tetracampeão Cacá Bueno, 36 anos, da equipe Red Bull Racing, evidencia o momento especial da modalidade ao revelar, em entrevista a ZH, que não pensa em deixar a categoria, antes vista como menor no automobilismo.

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A busca do carioca pelo pentacampeonato não está nada fácil. A disputa é acirrada e inclui mais quatro concorrentes com chances reais de título: Ricardo Maurício (112 pontos), Daniel Serra (99), Max Wilson (94) e Valdeno Brito (94). Em meio à luta por mais uma conquista, Cacá reflete sobre seu momento na carreira, relembra corridas que disputou em Tarumã e fala sobre a relação com seu pai, o narrador e apresentador da TV Globo Galvão Bueno. Confira:

Zero Hora – Como tem sido este momento em que você está firmado como uma referência do automobilismo no Brasil?

Cacá Bueno – Não me acho uma referência no automobilismo. Sei que tenho uma certa importância, mas é lógico que a Fórmula-1 está um patamar acima. Acho que o foco na F-1 diminuiu um pouco. Por coincidência, nessa época que mudou, estou ganhando.

ZH – O que você planeja para os próximos anos de carreira? Pretende seguir na Stock Car?

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Cacá – Já tive desejo de mudar de categoria, mas o apego e o carinho pela Stock Car sempre me fizeram ficar. Não me vejo mais começando uma carreira no Exterior. A Stock Car hoje é a principal categoria do automobilismo latino-americano. Ela não é mais caminho para nada, é o auge do automobilismo nacional.

ZH – Você tem alguma lembrança especial de Tarumã?

Bueno – Não só de Tarumã, mas sempre que venho ao Rio Grande do Sul, eu tenho sorte. Em Tarumã, tive algumas vitórias e conquistei um título, em 2009. É uma pista símbolo do automobilismo brasileiro em termos de desafio ao piloto. Também de cultura automobilística e comparecimento de público. Ela tem seus defeitos por ser muito antiga, mas é uma referência no Brasil.

ZH – Como foi crescer na carreira com um pai que está no meio do esporte e é famoso?

Bueno – Eu tive apoio irrestrito do meu pai. Ele, que vive o esporte de uma outra maneira, logicamente ficou feliz com a nossa escolha (Popó Bueno, irmão de Cacá, também corre na Stock Car). Mas ele sempre nos cobrou muito, para que não fôssemos dependentes do nome da família. No início, cheguei a ser vaiado por torcedores que não gostavam do meu pai, ou aplaudido por quem gostava. Hoje, isso não existe mais. O vínculo não é tão grande. Sou reconhecido ou criticado pelo meu desempenho e tenho orgulho de ser filho do meu pai.

A corrida

Local: Autódromo Internacional de Tarumã, em Viamão

Largada: 9h30min, neste domingo}

Ingressos: As entradas estão à venda no site oficial da categoria (http://stockcar.globo.com) e nas bilheterias do autódromo. O preço é de R$ 30 para arquibancada, R$ 60 para passes de visitação (com acesso à área dos boxes) e R$ 250 para os camarotes.

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