De olho no mercado global, a gigante da internet Google tem investido cada vez mais em cabos de fibra óptica e redes de telecomunicações. O que poucos sabem é que parte dos gastos previstos para as novas operações é voltado a uma demanda bastante peculiar: diminuir prejuízos causados por mordidas de tubarões.
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A informação foi divulgada nesta semana pelo gerente de produtos do Google, Dan Belcher, durante um evento da empresa nos EUA, como afirma reportagem do portal Network World.
A notícia impressionou internautas do mundo inteiro – será que tubarões estão desenvolvendo um “gosto” por cabos de fibra óptica? Entretanto, o fato não é novidade para quem trabalha na área.
Em 1987, o jornal New York Times publicou uma matéria relatando o “interesse” dos tubarões pelos então recém-instalados cabos de telefonia que ligam Estados Unidos e Europa. Segundo a reportagem, desde 1985 são encontrados dentes de tubarões presos a cabos submarinos.
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Video mostra tubarão abocanhando cabo de fibra óptica:
Diversas teorias tentam explicar o fato desde os anos 1980, mas a mais difundida é de que a transmissão de dados acaba formando um campo eletromagnético submarino, que é interpretado pelos tubarões como um cardume de peixes.
Cada cabo submarino é revestido por diversas camadas, cujo objetivo é proteger o “miolo” do cabo. Para driblar os ataques, a saída encontrada pelos técnicos do Google foi revestir os cabos com mais um material, o Kevlar – uma fibra sintética leve, porém sete vezes mais resistente que o aço. O Kevlar é usado em coletes à prova de bala, tanques de combustível de carros de corrida e cintos de segurança.
Os gastos previstos para o revestimento nos cabos submarinos não foram revelados pelo Google, mas as operações em andamento dão uma pista do tamanho do problema. Nesta semana, a empresa anunciou um investimento de 300 milhões de dólares (perto de R$ 680 milhões), em parceria com cinco companhias asiáticas, para a instalação e operação de cabos submarinos ligando EUA e Japão via Oceano Pacífico.
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