A presença de cabos eleitorais agitando bandeiras nas ruas tem sido percebida nas últimas semanas, mas está perdendo força nestas eleições, segundo especialistas e gente dos próprios partidos.
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Embora a função paga ainda seja atrativa a desempregados, jovens em busca do primeiro emprego ou a quem quer um “bico”, os partidos estão preferindo apostar mais na visita de voluntários de casa em casa e em caminhadas dos candidatos, já rotineiras nos fins de semana.
Duas razões contribuem para que o uso da estratégia seja mais tímida. Uma é a maior fiscalização da Justiça Eleitoral. Qualquer deslize das equipes pode render notificações, motivo pelo qual elas se afastaram um pouco de áreas centrais e movimentadas, onde podem atrapalhar o trânsito.
Outra razão é que os partidos ainda julgam ser cedo para gastar dinheiro com uma estratégia usada mais na reta final com objetivo de transmitir uma ideia de maior apoio das ruas.
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Em Joinville, apenas as candidaturas de Marco Tebaldi (PSDB) e de Udo Döhler (PMDB) estão usando os chamados cabos eleitorais “visuais”, que agitam bandeiras. Os números não chegam a ser expressivos até o momento. Udo está com uma equipe de 22 pessoas e Tebaldi, com 68 pessoas divididas em três turnos.
O PMDB diz pagar R$ 800 por mês, mais alimentação e vale-transporte, para um período de oito horas de trabalho. O coordenador de visual do partido não forneceu um número de contratados porque diz que não reflete a totalidade, já que os candidatos a vereador também têm pessoal pago e fazem campanha tanto a vereador quanto a prefeito.
O PSDB diz pagar um salário mínimo mensal (R$ 622) por seis horas de trabalho diário. O partido tem 97 contratados até o momento, segundo a coordenação da campanha de rua. Eles se misturam a voluntários e se dividem entre bandeiraços e distribuição de santinhos, por exemplo.
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Outros ainda não têm
A candidatura de Kennedy Nunes (PSD) deve começar a usar a estratégia de agito nas ruas a partir da próxima segunda-feira, mas deve contar com voluntários em sua maioria. A coordenação visual justifica que o partido está com orçamento baixo para contratações.
A candidatura de Carlito Merss ainda não decidiu se usará ou não a estratégia, talvez só após meados de setembro, dependendo de como a campanha transcorrer. Com o orçamento mais enxuto dos candidatos, Leonel Camasão (PSOL) não tem bandeiraços agendados nem cabos eleitorais contratados.
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