Algumas vezes, trouxe a este espaço um pessoal sentimento de mal-estar por assistir ao uso desenfreado destes aparelhinhos que cabem na mão e nos conectam com o mundo. Ele nasceu conhecido como celular.
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Então, já expus aqui particular indignação por ver gente trocando a conversa do almoço (e até o sabor da refeição) pelo blá-blá-blá silencioso do zap-zap, e condutores de carros, motos e até retroescavadeira que dividem a direção com seus aplicativos. Sem estar sozinho nas observações. Já li gente de peso batendo nesta tecla.
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O que traz o tema de volta, agora, não são relatos do anotado no cotidiano das idas e vindas. É que o assunto já toma tempo também da medicina. Acabo de ler material intitulado Postura inteligente diante dos smartphones – texting tendinitis e text neck são novos conceitos para definir a sobrecarga de coluna e articulações pelo mau uso de celulares.
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Ora, ora, onde vamos parar se a coisa já chegou aos consultórios?
Uma fisioterapeuta ouvida no artigo explicou que longo período em uma mesma posição gera falta de oxigenação nos músculos e a sensação de queimação. É sinal de que a musculatura passou do tempo em termos de contração. E não é difícil de se encontrar a turma arcada feito vírgula em cima de um aparelho.
No caso do dedo polegar, agora tão usado, o movimento de digitar repetidas vezes durante longo período aumenta o risco de inflamação nos tendões. “Já recebi pacientes que fizeram uma artrose na articulação do polegar”, diz outro especialista.
Por causa disso? Ora, ora!
Outro reflexo apontado pelo excesso, citado no artigo, se dá na coluna cervical: “O hábito de inclinar a cabeça para baixo para olhar a tela e digitar sobrecarrega os discos que se localizam entre as vértebras. Ficar nesta posição equivale a aumento do peso da cabeça em cerca de quatro vezes e ocasiona tensão na região do pescoço, enxaquecas e, em situações mais graves, hérnia de disco”.
Deve ser uma das posições mais comuns da turminha de hoje: sentar na cama, apoiar as costas na parede e deixar a cabeça “cair”, muito mais pesada do que é.
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Não se está dizendo que é para parar de usar, e o artigo lido e relido é claro. É buscar o equilíbrio e, assim, também, cuidar da postura.