Quando a Ford saiu do Brasil, em 2021, a Bahia lamentou a perda de uma das maiores fabricantes locais. Agora, a mesma Bahia saúda a chegada da BYD, chinesa que comprou as instalações da Ford e está reerguendo as estruturas para começar a montar ainda no primeiro trimestre de 2025 o Song Pro (híbrido plug-in) e depois o elétrico Dolphin Mini.

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Quase nada da Ford foi reaproveitado. A BYD decidiu começar as obras praticamente do zero. Além da linha de montagem em SKD – do inglês Semi Knock-Down, processo de produção de pré-montagem de várias partes em subconjuntos –, contará com uma pista de testes. Até agosto, a marca promete ter a produção completa de carros.

Num primeiro momento, o Song será híbrido a gasolina como o atual. Depois, por volta de agosto, o SUV receberá o inédito motor 1.5 flex combinado com um sistema híbrido plug-in, que pela primeira vez vai “beber” etanol.

De acordo com a fabricante, o conjunto híbrido plug-in flex aproveita o potencial do etanol, melhora a eficiência do veículo, reduz a diferença de rendimento em relação à gasolina e garante um desempenho superior em diversas condições. O projeto contou com a colaboração de mais de 100 engenheiros chineses e brasileiros.

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Na sequência, começa a ser produzido em Camaçari o Dolphin Mini, que hoje é o carro 100% elétrico mais vendido do País. Poderá ser também o primeiro elétrico nacional.

A meta é produzir 150 mil carros por ano, volume bastante expressivo – um pouco menos do que uma Hyundai ou Toyota fabricam em suas plantas nacionais. Uma parte será exportada e a outra a BYD promete oferecer a preços bem competitivos no mercado interno.

A BYD celebrou recorde em novembro com o emplacamento de 12.308 veículos, passando dos 71 mil no acumulado. Até outubro, a BYD era a 10ª maior vendedora no País, um feito para quem só comercializa híbridos e elétricos importados. Nos próximos cinco anos, a meta é estar entre as marcas top 3. Hoje, a BYD conta com 150 concessionárias em está presente em todos os estados.