Em uma reunião na noite do dia 17 de março de 1919, os jovens entusiastas do esporte Gabriel Collares, Victor Emmanoel Miranda e Alyrio Gandra foram os responsáveis pelo nascimento do que se tornaria um das mais tradicionais instituições esportivas de Santa Catarina, o Clube Náutico Marcílio Dias.

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O clube recebeu o nome do bravo marinheiro morto aos 27 anos, na Guerra do Paraguai, maior conflito armado internacional registrado na América do Sul. O Marcílio Dias foi o quarto clube náutico fundado em Santa Catarina e tem no nome um exemplo de bravura.

Presente da Marinha

Em 15 de dezembro de 1963, a Marinha do Brasil presentou o clube com um busto em homenagem ao marinheiro herói da Guerra do Paraguai. A entrega foi antes da partida contra o Avaí, pelo torneio Luíza Mello. Um sinal de sorte, pois logo depois veio a única conquista estadual do clube.

Segundo o diretor de memória e cultura do Marcílio Dias, Fernando Alécio, o busto ao longo dos anos de amuleto passou a ser sinônimo de azar e acabou sendo deixado de lado no estádio.

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A superstição teria começado após um atacante ter feito um gol e beijar o busto. Após este episódio, este jogador nunca mais teria balançado as redes pelo Marcílio Dias.

– Ele foi deixado de lado e até de costas para as quatro linhas. Ele foi restaurado em 2016 e no ano passado voltou a olhar o campo e os marinheiros no gramado – diz.