O risco de a brusca queda da venda de veículos na França, Itália e Espanha – segundo, terceiro e quarto maiores fabricantes da Europa – contaminar outros países preocupa os executivos dos grandes grupos. A necessidade de medidas como compatibilizar produção à capacidade do mercado, flexibilizar carga horária e reduzir salários são apontadas como soluções emergenciais em curto prazo para enfrentar dificuldades ainda sem tempo para terminar. Mas nem tudo é pessimismo no Salão de Paris. As marcas de luxo que crescem fora do Velho Continente, como Ferrari, Lamborghini e Rolls-Royce ou as alemãs Porsche, Volkswagen e Audi – esta com recordes de crescimento e participação -, comemoram os bons resultados pelas operações nos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Não por acaso, diversas novidades de Paris também estarão no Salão de São Paulo, no final do mês.
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A crise não compromete o luxo e a sofisticação dos estandes das 230 marcas de veículos, acessórios e componentes, de 20 países, que dividem os 100 mil metros quadrados dos nove pavilhões do Centro de Exposições de Versailles. O tema do Salão Mundial do Automóvel 2012 -O Futuro, Agora – está presente na preocupação com a sustentabilidade e o respeito à convivência em sociedade.
Para o público, o Salão de Paris repete o espetáculo dos grandes eventos automotivos mundiais com novidades em todos os segmentos, dos pequenos e compactos aos esportivos e luxuosos carrões. A tecnologia avança na redução do consumo de combustível sem comprometer a potência e a utilização de novas fontes de energia, com destaque para os modelos híbridos. Também nos recursos eletrônicos de conectividade do homem e da máquina, no aumento do conforto e da segurança e no auxílio da condução em ambientes cada vez mais congestionados.
O editor Gilberto Leal viajou para Paris a convite da Anfavea
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