Um submarino argentino com 44 tripulantes era intensamente procurado nesta sexta-feira (17), após perder contato há 48 horas enquanto navegava no Atlântico entre o porto de Ushuaia e o Mar del Plata.

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“Ainda não encontramos nem tivemos contato em comunicação visual ou por radar com o submarino ‘ARA San Juan’, cujo porto habitual é a Base Naval do Mar del Plata”, declarou em coletiva o porta-voz da Armada (Marinha de Guerra), Enrique Balbi.

Os governos de Chile, Estados Unidos e Reino Unido ofereceram “apoio logístico e troca de informações nesta busca humanitária”, informou um comunicado da Chancelaria argentina.

A Armada assinalou em nota que “estão realizando as operações para retomar as comunicações com o submarino”.

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A última comunicação foi feita na manhã de quarta-feira, e na quinta-feira à tarde começou a ser executado um protocolo internacional, dando início a uma operação de busca.

“Aeronaves e navios da Armada estão na zona da última posição conhecida”, acrescentou.

Três unidades navais e duas aeronaves “já fizeram uma varredura sobre 15%” da área de busca, detalhou Balbi em outra coletiva, às portas do edifício da Armada em Buenos Aires.

A Armada negou uma versão da imprensa de um suposto incêndio no submarino, enquanto trabalha com a hipótese de um problema nas comunicações.

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“Pode-se associar um problema de baterias por falta de alimentação elétrica”, sustentou Balbi, explicando que quando o submarino detecta a falta de contato com o exterior este deve ir à superfície, segundo o protocolo.

O “ARA San Juan” é um dos três submarinos da Marinha argentina, que o incorporou em 1985. Trata-se de um tipo TR-1700, construído no estaleiro Thyssen Nordseewerke de Edemen, na Alemanha, e colocado na água em 20 de junho de 1983.

A bordo do submarino viaja Eliana Krawczyk, de 35 anos, “a primeira oficial submarinista da história da Armada Argentina e chefe de Armas”, disse orgulhoso seu pai, Eduardo, em declarações ao canal Todo Noticias.

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“Rezemos todos para que não tenha acontecido nada com nenhum tripulante. No mar são todos irmãos, o submarino tem mais riscos que um barco”, afirmou o homem, que soube do desaparecimento do submarino pela mídia.

* AFP