E daqui para frente, o que vai ser? O que esperar para os próximos anos, em uma cultura cada vez mais interconectada, globalizada e automatizada? Com a inteligência artificial se tornando cada vez mais presente no mundo dos negócios, é importante visualizar as diversas camadas desse movimento para traçar os planos para o futuro.
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Para auxiliar nesse processo, empresas especializadas em análise de tendências vêm identificando comportamentos, atitudes e direcionamentos que pessoas e empresas vanguardistas já estão tomando para garantir seu lugar no mercado. Um exemplo disso é a pesquisa Futuras Inovações 2024, conduzida pela americana Worth Global Style Network (WGSN).
Segundo o relatório da empresa de previsão de tendências, um dos principais pilares para o próximo ano é a ideia de viver com propósito. Esse é um termo que vem ganhando espaço no mundo do trabalho há alguns anos, e tem a ver com clareza e intencionalidade. Viver com propósito é direcionar o foco e a energia para as coisas que realmente importam, organizar o dia e a rotina em torno das prioridades, eliminar as distrações e tudo aquilo que não faz bem.
Além das grandes decisões de vida, como priorizar momentos em família, investir em uma viagem e parar de adiar os planos para um momento “ideal”, viver com propósito também impacta nas pequenas coisas, como a escolha do filme para ver durante o jantar ou o tempo gasto rolando os feeds de redes sociais. No que diz respeito às marcas, o senso de propósito se traduz no alinhamento dos valores, no cuidado com o meio ambiente, no movimento slow e no consumo consciente.
Qualidade de vida é prioridade
Exemplos disso são as marcas investindo em experiências, sejam físicas, digitais ou até mesmo sensoriais, que buscam trazer mais qualidade de vida para seus públicos. O relatório da WGSN destaca o aplicativo Mood Blossom, criado pelo Osk Studio para o laboratório de pesquisa e design Space10, que cria um avatar em forma de flor que representa o bem-estar de seus usuários.
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No caso dos produtos físicos, linhas de roupas como a Breathe, desenvolvida pelo designer Tom Ducarouge para a McQ, tem texturas em alto relevo que ajudam a guiar exercícios de respiração e meditação.
Personalização e protagonismo
A ideia de intencionalidade também tem tudo a ver com o desejo de cada um. O consumo em massa de um mesmo produto já não é mais suficiente; hoje, canalizando a “main character energy” (energia de protagonista) que existe dentro de cada um, os consumidores buscam por produtos e serviços que atendam exatamente às suas expectativas, e estão dispostos a investir em momentos transformadores.
Isso se dá por meio da customização, que diversas marcas no Brasil e no exterior já vêm adotando, e também pelas experiências. Desde produtos, como roupas e cosméticos, até o atendimento ao cliente, a personalização é uma das formas com que as marcas podem encantar seus clientes, fidelizá-los e oferecer um serviço de excelência.
Tecnologias como inteligência artificial são grandes aliadas nesse processo, e podem ser utilizadas de diferentes maneiras. Uma das mais comuns é no atendimento ao cliente, via chatbot, assistentes virtuais e recomendações personalizadas, por exemplo. No entanto, ainda há espaço para desenvolver ainda mais essas ferramentas e ampliar as possibilidades.
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Rede de influência
Falando em tecnologia, as redes sociais transformaram o mercado na última década. Uma pesquisa realizada em 2022 pela plataforma de cupons Cupom Válido com dados da Statista e HootSuite mostrou que o Brasil é o país em que influenciadores digitais mais são levados em consideração na hora da compra: mais de 43% dos brasileiros já foram, de fato, influenciados por eles a comprar algum produto.
No entanto, quem faz mesmo a diferença nas vendas são os micro influenciadores, que atuam com públicos menores e mais nichados. Embora os perfis com milhares de seguidores tenham mais alcance, nem sempre eles são tão relevantes para a decisão de compra; segundo dados da plataforma Klear, os micro influenciadores são vistos como mais próximos de seus seguidores e, por isso, possuem uma comunicação mais personalizada e uma relação mais direta com o público.
Mais uma vez, tudo se resume em conexão, propósito, intencionalidade. Os próximos passos para as marcas são esses: fortalecer cada vez mais a relação que possuem com seus públicos, reforçar seus valores, investir em uma imagem de marca forte e memorável, oferecer experiências significativas e buscar, cada vez mais, fazer parte do estilo de vida dos consumidores.