A cidade de Rio Negrinho, no Planato Norte de SC, está mobilizada nas buscas pelo menino de 5 anos, desaparecido desde o fim da manhã de domingo (29). A única pista que se tem da criança é um par de chinelos que foi deixado às margens de um rio. Desde então, policiais militares e civis, bombeiros, vizinhos e até a imprensa local refazem a trilha que o garoto passou e onde foi visto pela última vez por meio de câmeras de segurança.
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Tatiane Marega é uma das voluntárias que está empenhada desde a noite de domingo na procura por Ítalo Gonçalves. Ela, que é presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Rio Negrinho, conta que o menino é autista e estava sendo acompanhado pela instituição há pelo menos três anos.
Assim que soube do sumiço, Tatiane conta que foi até a casa da mãe do garoto para auxiliar e amparar a mulher. A presidente da Apae define como “cena de filme” a experiência que tem vivido nas últimas horas.
— Ela está desesperada. Quando sentiu a falta dele, ela foi na casa de vizinhos e até se jogou no rio próximo de casa para encontrá-lo. A situação está muito triste — relata Tatiana.
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A presidente da Apae conta que, assim como ela, outros vizinhos e conhecidos da família vestiram suas capas de chuva, sacaram lanternas e caíram na trilha à procura de Ítalo na noite de domingo. Os bombeiros também fizeram buscas por terra e água, que foram encerradas por causa da escuridão.
Nesta manhã de segunda-feira (30), a força-tarefa foi retomada. Segundo Tatiane, o vento e a chuva forte não deram trégua desde domingo e o rio onde o menino brincava próximo está cheio, com forte correnteza.
— Estamos lidando com duas opções: ou ele caiu no rio, ou levaram ele. Para não deixar a mãe sozinha, estamos ajudando a procurá-lo. Ontem, ela gritava o nome dele alto. Casos assim a gente assiste em filmes, e estamos vivendo isso hoje — descreve.
Ainda sob forte chuvas, forças de segurança e voluntários seguem a procura por Ítalo na tarde desta segunda-feira. Inclusive, uma tenda foi montada próxima ao local onde o garoto desapareceu. Na estrutura, policiais analisam imagens de câmeras de segurança instaladas ao redor a fim de identificar alguma possível pista do garoto.
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Cerca de 21 bombeiros estão empregados nas mais diversas atividades de busca, seja por terra, água, com auxílio de cães farejadores e embarcações.
Chinelo é único vestígio deixado
Mais de 24 horas após o sumiço de Ítalo, um par de chinelos branco encontrado às margens de um rio e a poucos metros da casa onde mora com a mãe é o único vestígio que se tem do garoto. A procura segue nos arredores dos bairros Centro e Alegre e mobiliza a comunidade.
A mãe do menino acionou os bombeiros logo após o meio-dia e, bastante abalada, contou ter almoçado com o filho e pouco depois notou a ausência da criança.
Em primeiro momento, tanto a polícia quanto os bombeiros foram atrás de imagens de câmeras de segurança instaladas aos arredores da casa, que registraram o garoto brincando na rua e, em seguida, indo em direção a uma trilha, onde há um rio.
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De acordo com o delegado Rubens Passos de Freitas, que investiga o caso, a polícia tem ido em casas da vizinhança na esperança de que câmeras instaladas em ângulos diferentes possam ter capturado o trajeto seguido pela criança após ter entrado na área de mata.
— Estamos tentando descobrir se ele foi para outro local, em direção a outra área da cidade. Mas, por enquanto, não temos uma linha de investigação definida. Portanto, estamos dependendo das buscas dos bombeiros para ter uma definição — explica o delegado, que não descarta a possibilidade de crime.
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