O excesso de burocracia aumenta em 12%, em média, o preço da casa própria. Além disso, eleva em 40% o tempo de construção do empreendimento, constata estudo divulgado nesta quarta-feira pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Os principais problemas apontados pelo estudo O Custo da Burocracia no Imóvel são o atraso na aprovação dos projetos pelas prefeituras, a falta de padronização dos cartórios, as leis ambientais e as mudanças de normas legais enquanto as obras estão em andamento.

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– Em média, são três anos a mais para o empreendimento ser entregue – disse o presidente da Abrainc, Rubens Menin.

Presente à cerimônia de lançamento do estudo, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, disse ter ficado “satisfeita” com o fato de que “são residuais e pequenos os problemas advindos do governo federal”.

– É inegável a contribuição que, nos últimos 12 anos, o governo tem dado à construção civil, em especial com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e com o Minha Casa, Minha Vida, que deu conta dos principais desafios colocados – acrescentou a ministra.

Segundo os representantes da construção civil, o governo federal, de fato, tornou mais fácil a desburocratização no setor.

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– Difícil é quando lidamos com os municípios – disse o presidente da Abrainc.

– Há prefeituras que sequer têm softwares de análise de projetos e servidores que, com medo, pela falta de transparência (e clareza na legislação), se afastam das tomadas de decisões – acrescentou Paulo Simão, presidenet da CBIC.