Eram 6h37min desta segunda-feira quando um avião da Brava Linhas Aéreas (ex-NHT) com capacidade para 19 pessoas deveria ter saído do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), com destino ao Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, onde chegaria às 10h40min. A aeronave era aguardada com expectativa em três outras cidades nas quais faria escala, mas sequer decolou da capital gaúcha e adiou o início da viagem em mais duas semanas.

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A nova linha aérea catarinense inclui as cidades de São Miguel do Oeste, Concórdia e Lages – nesta ordem, a partir de Porto Alegre -, e o primeiro voo estava programado para esta segunda-feira.

Em Lages, que não tem voos comerciais há quase cinco anos, o Aeroporto Antonio Correia Pinto de Macedo está pronto e regulamentado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Mas às 9h47min desta segunda, quando o avião da Brava deveria ter pousado na cidade para seguir a Florianópolis 20 minutos depois, somente funcionários do aeroporto e alguns jornalistas estavam no local.

O diretor do terminal, Antonio Polêse, recebeu do diretor de planejamento da Brava, Jeffrey Kerr, a informação de que o início das operações precisou ser adiado devido a problemas nos aeroportos de São Miguel do Oeste e Concórdia, mas obteve a garantia de que o voo inaugural ocorrerá no próximo dia 18.

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A reportagem do Diário Catarinense entrou em contato por telefone com o diretor da Brava no fim da manhã, mas ele disse que não poderia atender porque estava entrando em um avião para fazer uma viagem e passaria o dia inteiro em reuniões.

A prefeitura de São Miguel do Oeste, por meio da assessoria de imprensa, informou ao DC que a restrição do Aeroporto Hélio Wassun está no fato de não ter sido protocolado, em setembro do ano passado, o Plano de Emergência do terminal junto à Anac, o que será feito nos próximos dias. Também foi constatada, após vistoria do Corpo de Bombeiros, a necessidade de realizar algumas adequações no local para garantir mais segurança aos passageiros.

Já no Aeroporto Municipal de Concórdia, o impasse é basicamente burocrático. O secretário de Planejamento da prefeitura, Antonio José Begnini, explica que, quando a companhia aérea NHT mudou o seu nome para Brava, a Anac exigiu novos documentos como as planilhas com os históricos de voos no terminal. O secretário garante que os dados já foram enviados na semana retrasada e que a cidade está apta a receber as operações aéreas.

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