O goleiro da Juventus Gianluigi Buffon, que aos 39 anos poderá abrilhantar ainda mais a incrível carreira com uma vitória neste sábado na final da Liga dos Campeões contra o Real Madrid, afirmou nesta sexta-feira que só pensa no título e não na Bola de Ouro.
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“Gosto que falem que posso ganhar a Bola de Ouro, mas é algo secundário. Para mim o que vale é ganhar no sábado, o resto eu tento fazer com que não me afete. Veremos o que acontece no jogo, o resto não me interessa”, declarou Buffon.
“O futebol é a metáfora da vida. Cristiano Ronaldo e Messi são referências. Este jogo é especial e tem valor enorme para mim. Para um jogador que passou tanto tempo na Juventus como eu e que recebeu mais do que deu. Um triunfo no sábado seria o final perfeito para minha carreira. As pessoas gostam quando tem emoção e gostam de finais felizes”, completou.
Vencendo o título, as chances do goleiro de conquistar a Bola de Ouro cresceriam, sendo que seu principal adversário pelo prêmio, o português Cristiano Ronaldo, estará do outro lado do campo na final de sábado, em Cardiff.
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“É muito possível que Cristiano seja um modelo de atleta, um modelo a seguir por todos, os grandes e os pequenos, por qualquer interessado em futebol. Qualquer pessoa pode tê-lo como modelo”, elogiou o veterano goleiro.
“Aos 39 anos, pensava que não tinha mais o que aprender, mas com pessoas como meu companheiro Daniel Alves, que ganhou a Champions com o Barcelona, ou Cristiano ou Messi, que ganharam muito e seguem trabalhando, aprendi muito”, continuou.
– Batalha com Cristiano –
“Não passa pela minha cabeça nem tenho a pretensão de me comparar com Cristiano Ronaldo. Estamos em lugares distintos no campo. Eu tenho que defender meu gol e ele tem que atacar. Tenho que tentar fazer com que não marque. Ele pode influenciar a partida mais do que eu”, explicou.
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Buffon, que jogou duas finais de Champions, em 2003 e 2015, ambas perdidas, busca seu primeiro título e, para isso, acredita que a equipe precisa brilhar, não as individualidades.
“O mais importante, e esperamos conseguir isso, é que joguemos como equipe, um grupo compacto. Que o cimento de nosso trabalho seja o altruísmo. Também quero ter uma ótima atuação para poder ajudar a equipe. Esse é o maior presente que posso oferecer aos meus companheiros”, resumiu.
“O perigo não virá só de Benzema ou Cristiano Ronaldo, mas sim de muitos jogadores que o Real Madrid tem. São tantos que eu não gostaria de ficar sonhando com todos à noite”, brincou.
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Ao fim da coletiva, Buffon elogiou o trabalho como técnico do Real de Zinedine Zidane, seu adversário como jogador na final da Copa do Mundo-2006, vencida pela Itália sobre a França.
O goleiro afirmou não ter se surpreendido com o sucesso como treinador de Zidane.
“Tudo tem a ver com um conjunto de experiências. E quando você joga futebol e tem a sorte de jogar com ou contra grandes campeões, talvez você se torne um técnico”, disse.
“O fato de reencontrá-lo em outra final 11 anos depois não me surpreende. Ele não perdeu esse pedigree de vencedor e segue o tendo como técnico. A vida, de vez em quando, nos coloca frente a diferentes desafios e se ele perder essa final isso não vai afetar em nada sua fantástica carreira como jogador e técnico”, concluiu.
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* AFP