O Brusque Futebol Clube teve um de seus patrocínios suspensos após a repercussão negativa da nota divulgada em resposta à denúncia de racismo feita pelo jogador Celsinho, do Londrina, durante a partida entre as equipes no último sábado (28).
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A empresa “Barba de respeito”, que foi criada em Brusque, emitiu um comunicado na noite desta segunda-feira (30) em que repudia o episódio de racismo e a nota publicada pelo clube, classificada como “fatídica” pelo patrocinador.
“Sempre pregamos que a palavra ‘respeito’, estampada em nossa marca, tem um propósito único de promover igualdade. E acreditamos que não há qualquer espaço em nossa sociedade para atitudes irresponsáveis como essa”, diz um trecho da nota.
A empresa diz ainda esperar que os responsáveis sejam identificados e que providências sejam tomadas. A nota é finalizada informando que enquanto não houver uma posição justa do time em relação aos responsáveis diretos pelas injúrias e pela nota inicial, o patrocínio está suspenso.
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Nesta segunda-feira (30) o clube catarinense emitiu um segundo comunicado, no qual pediu desculpas a Celsinho, torcedores, simpatizantes, patrocinadores e imprensa.
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Filho de Hang se manifesta
Lucas Hang, filho do empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, que patrocina o Brusque, também se manifestou. Por meio de uma publicação no Twitter, Lucas disse que não tem relação direta com a gestão do clube, mas cobrou um posicionamento após a denúncia de Celsinho.
“Acredito que todos temos a chance de errar, reconhecer o erro e evoluir. A vida é um aprendizado constante e espero muito que todos dentro do clube possam entender a gravidade dessa situação e que ela jamais venha a se repetir”, escreveu.
Contraponto
A assessoria de comunicação do Brusque informou que uma reunião interna marcada para a tarde desta terça-feira (31) vai discutir as providências que o clube deve tomar em função do episódio registrado durante a partida e a repercussão após a publicação da nota. As medidas deverão ser divulgadas durante coletiva de imprensa, sem data marcada.
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Relembre o caso
Durante a partida entre Brusque e Londrina, neste sábado (28), pelo Campeonato Brasileiro da Série B, o jogador Celsinho, do Londrina, acusou um membro da equipe do Brusque de racismo. Segundo ele, uma pessoa que estava no camarote do estádio Augusto Bauer teria o chamado de “macaco” no primeiro tempo da partida.
No intervalo, o meia do time paranaense chamou o quarto árbitro e relatou o ato de racismo, inclusive apontando e identificando a pessoa no camarote do clube catarinense. Em entrevista ao SporTV, Celsinho desabafou sobre o caso.
— É lamentável, ainda mais se tratando de um ato desses mais uma vez. É inadmissível. Uma equipe de porte médio baixo, recém promovida a uma Série B de Campeonato Brasileiro, cometendo um ato desses. É inadmissível, mas as providências serão tomadas — afirmou.
Celsinho ainda criticou o número de pessoas presentes no camarote do Augusto Bauer durante a partida. O meia disse que não entende o motivo para tantas pessoas estarem no local, sendo que a presença de torcedores ainda não está liberada nos estádios brasileiros.
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Pedido de desculpas
Na tarde desta segunda-feira (30) o Brusque divulgou uma segunda nota pedindo desculpas pelo comunicado sobre racismo publicado no domingo (29), em que acusa o jogador Celsinho, do Londrina, de “oportunismo”. O texto cita que a declaração anterior havia sido um “momento infeliz”.
O novo comunicado da equipe catarinense estende o pedido de desculpas aos torcedores, simpatizantes, patrocinadores e imprensa. O clube também reconhece que teve um pensamento equivocado.
“Esperamos que entendam esse momento infeliz que estamos vivendo, cabe a nós, humildemente reconhecer o erro da nota anterior e pedir desculpas mais uma vez ao atleta Celsinho e a compreensão de todos”, diz parte da nota.
Ao fim o clube diz que vai apurar os fatos e que tomará todas as medidas cabíveis diante do ocorrido.
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