Foi um passeio. Um massacre.

Desde que o primeiro jogo entre Brusque e Metropolitano ocorreu, lá em 2002, há pequenos heróis que foram marcando capítulos da rivalidade. O goleiro brusquense Alexandre, por exemplo, no primeiro duelo entre os dois times, foi o responsável por manter o 0 a 0 no placar graças a um punhado de milagres. Já em 2009, Giovane marcou quatro gols para o time do Estádio Augusto Bauer em uma noite iluminada. Dois anos depois, Jairo Pastel garante o Metrô na Série A do Catarinense justamente no clássico, com um gol no apagar das luzes. Já em 2012, foi a vez de Rafael Costa ser protagonista. Mas na noite desta quarta-feira, em vez de um só nome, cinco foram responsáveis por uma partida que teve requintes de crueldade no berço da fiação catarinense.

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Jefferson Renan (duas vezes), Maranhão, Douglas Silva, Isac e Weverton. Esse quinteto não é dos mais fantásticos, mas foi responsável por garantir a vitória acachapante do Brusque sobre o Metropolitano, pela última rodada do primeiro turno do Campeonato Catarinense por 6 a 1. O triunfo, construído inteirinho no primeiro tempo, ainda teve no enredo a expulsão do zagueiro brusquense Douglas Silva (autor de um dos gols), depois de colocar propositalmente a bola na mão para evitar um gol do adversário ainda no primeiro. O que poderia ser sinônimo de apreensão para os 45 minutos finais, acabou se transformando em tranquilidade.

Isso porque aos três minutos do segundo tempo, o ímpeto do Metropolitano (que chegou a esboçar uma reação antes de virarem os lados) recebeu uma dose considerável de água fria sobre o cocuruto. Em mais um vacilo da defesa de Blumenau, Isac, substituto do artilheiro Hélio Paraíba, marcou o quarto gol e praticamente pôs fim a qualquer interesse do Metrô em reverter a situação dentro de campo.

E o que já estava ruim pelos lados verdes da história, ficou pior ainda. Em uma noite esquecível, o goleiro Igor Koehler saiu mal e permitiu com que Jefferson Renan fizesse uma pintura aos 18 da etapa final, por cobertura. Sem confiança, o arqueiro do Metropolitano não fez uma defesa sequer, saiu mal nas bolas aéreas, e foi um dos responsáveis pela goleada sofrida pelo clube blumenauense. A titularidade, que já era questionada, entra em xeque para o próximo desafio. No fim da partida, uma bola espalmada por Igor terminou com um cruzamento e o sexto (sexto!) gol do Brusque, anotado por Weverton, acabando com os números do chocolate.

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Na próxima rodada, o Metropolitano volta a jogar em Blumenau. O time do técnico Abel Ribeiro enfrenta o Avaí, no Estádio do Sesi, sábado, às 19h. A equipe precisa largar bem no returno para tentar escapar da zona do rebaixamento. Hoje, com seis pontos, o Metrô divide a zona do rebaixaemento com o Tubarão, que venceu o JEC nesta quarta-feira e chegou a cinco pontos. O Brusque também joga no sábado. A equipe vai encarar o Joinville, na Arena, às 17h. Com 13 pontos, o grupo do técnico Marcelo Caranhato encostou no G-4 e entrou na briga por uma vaga no mata-mata.

Os gols:

14 do 1ºT – Jefferson Renan (B)

23 do 1ºT – Maranhão (B)

26 do 1ºT – Douglas Silva (B)

36 do 1ºT – Júnior Pirambu (M)

3º do 2ºT – Isac (B)

18 do 2ºT – Jefferson Renan (B)

BRUSQUE 6

Paulo Sérgio; Edilson, Douglas Silva, Neguetti e Airton; Ruan e Karl; Maranhão (Ianson), Vitor Júnior (Clebinho) e Jefferson Renan; Isac (Weverton). Técnico: Marcelo Caranhato.

METROPOLITANO 1

Igor Koehler; Tiago Araújo, Café, Romário Leiria (Persuhn) e Dudu (Bruninho); Zé Victor, Michel Schmöller e Ângelo (Thiago); Ari Moura, Ruan e Júnior Pirambu. Técnico: Abel Ribeiro.

Local: Estádio Augusto Bauer, em Brusque.

Arbitragem: Fernando Henrique Mirando, auxiliado por André Eduardo da Silveira e Adenilson Cardoso.

Público: 1.254 pagantes. Renda: R$ 18.250,00.