Esqueça o Brusque sensação de 2017. No ano que passou, justamente o que marcou os 25 anos da maior conquista do clube, o Catarinense de 1992, o time do berço da fiação catarinense voltou a ter protagonismo no futebol local. Foi quarto colocado no Estadual e chegou a ser vice-líder da competição. Além disso, avançou para a terceira fase da Copa do Brasil, enfrentando o Corinthians em um Estádio Augusto Bauer lotado que só viu o time de Pingo ser eliminado nos pênaltis.
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Quem está no Brusque hoje pretende manter o espírito vencedor do ano passado, mas quer escrever uma nova história. É o que diz o zagueiro artilheiro Antônio Carlos, ex-São Paulo e Fluminense. Ele é o principal reforço dos 11 atletas contratados – o último a chegar foi o volante Zé Lucas, ex-Metropolitano. A folha de pagamento cresceu de R$ 190 mil para R$ 250 mil. O clube manteve outros 11 atletas do jovem grupo que chegou à final da Copa Santa Catarina 2017. Entre eles está o atacante Edu, 24 anos, artilheiro da competição e aposta da equipe para balançar as redes no Estadual. João Carlos, Neguete e o veterano Carlos Alberto, ex-Corinthians e Figueirense, que estavam na campanha do ano passado, também seguem com a camisa quadricolor.
Para reforçar o grupo, considerado muito jovem pela diretoria e também pelo técnico Edemar Pícolli, a estratégia foi em jogadores com mais rodagem. É o caso do meia Dakson, ex-Vasco, do goleiro André Luís, contratado após enfrentar o próprio Brusque vestindo a camisa do Remo na Copa do Brasil do ano passado, e sobretudo do volante França. Ele já vestiu a camisa do Palmeiras, do Hannover 96, da Alemanha, e teve boa passagem dentro de campo pelo Figueirense. Mas fora dos gramados se envolveu em episódios polêmicos como falta a treinos e um acidente de carro. Mas ele não quer manter a fama de mal.
– O França de 2014, 2015 morreu. Minha filha nasce na semana que vem, estou em outro momento, mais tranquilo. Acho que foi Deus que colocou no meu caminho essa volta a Santa Catarina, que é um futebol que eu já conheço – conta o volante, de 26 anos.
O retorno de França
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França, assim como outros reforços, ainda treina para estar em melhor forma e ajudar a equipe talvez a partir da terceira rodada. O técnico Pícolli, apesar de ter sido zagueiro, quer manter a vocação ofensiva e de toque de bola que agradou em 2017. Superar o que foi bom não é tarefa fácil, mas ele deixa claro que o time precisa ter esta ambição.
– É difícil fazer uma projeção antes do início. Claro que temos metas de chegar o mais perto das primeiras posições, mas nosso primeiro objetivo é criar uma identidade para o time. O campeonato é bem justinho e não podemos pensar que iremos mal se largamos mal ou que vamos ser campeões só porque largamos bem – alerta.
A luta do Brusque começa já nesta quarta-feira, contra o Joinville, no Norte do Estado. E o volante França já tem um presságio do que pode acontecer.
– O Brusque vinha incomodando nos últimos anos, desde que eu jogava aqui. E acho que este ano pode incomodar ainda mais – instiga o experiente jogador.
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