Bruno Fontes comemora tricampeonato brasileiro da classe Laser

O velejador Bruno Fontes deu início, quinta-feira, a uma nova era na classe Laser. Pelo menos no território nacional, ele tem se mostrado imbatível nos últimos três anos, desde que assumiu o posto antes ocupado por Robert Scheidt. Agora, com duas regatas de antecedência, ele faturou o tricampeonato brasileiro da classe Laser Standard, na Praia de Manguinhos, em Búzios (RJ).

Bruno ganhou o título por antecipação porque está bem à frente do paulista Andreas Perdicaris, que tem 39 pontos perdidos em nove regatas, contra 11 pontos perdidos do catarinense. Como os velejadores poderão escolher o pior resultado para fazer um descarte, e restam apenas duas regatas para o término do campeonato, uma delas valendo pontuação dobrada – a Medal Race, que reúne os 10 melhores, nesta sexta -, Bruno pode ser alcançado apenas pelo argentino Julio Alsogaray, que disputa o evento como convidado.

– Estou muito feliz por ter conquistado o terceiro título brasileiro. Agora, preciso fechar o campeonato com chave de ouro – destacou Bruno.

A diferença entre Bruno e Julio é de apenas quatro pontos. Quer dizer, se a diferença entre ambos continuar igual até a Medal Race, Bruno terá que vencer a regata para ficar também com o título da competição. Neste ano, o campeonato reuniu cerca de 180 velejadores do Brasil, Argentina e Espanha das classes Laser Standard, Radial e 4.7.

Quinta, ocorreram duas regatas e Bruno venceu ambas. Na primeira, o paulista Andreas Perdicaris terminou em segundo lugar, atrás apenas do catarinense. Na segunda regata, quem chegou na segunda posição foi argentino Julio Alsogaray, atual vice-campeão mundial da categoria. Além de Alsogaray, o espanhol Jesus Sanchez, que esteve na capital catarinense no início deste ano para treinar com Bruno, participou do Brasileiro.

– O campeonato deste ano teve um alto nível técnico. Meus adversários treinaram bastante para este evento, mas não mais do que eu – salientou.

Agora, Bruno inicia a luta por um outro desafio: o de integrar a equipe olímpica brasileira. A partir do dia 4 de fevereiro, na cidade de Porto Alegre (RS), ele terá que provar, mais uma vez, que é o melhor da sua classe e assim integrar a equipe de velejadores que representará o país nas principais competições internacionais durante o ano.