Vai ser difícil saber quem chorou mais na tarde desta segunda-feira: o zagueiro Bruno Aguiar ou a legião de fãs tricolores do jogador. A notícia de que o atleta irá atuar no futebol árabe caiu como uma bomba no centro de treinamentos do Morro do Meio. Surpresa generalizada. O camisa 3 chorou por estar dando um até logo ao clube com o qual mais se identificou na carreira. Os torcedores foram aos prantos não apenas pela lacuna que ficará dentro de campo, mas por assistirem à despedida de um líder que deu tudo de si com o manto do Joinville.

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Saiba por que o JEC não recebeu nada com a saída do zagueiro Bruno Aguiar

Mesmo se não tivesse dado uma entrevista coletiva, o carinho do jogador com o JEC estaria registrado nas lágrimas da despedida. Elas apareceram enquanto o superintendente de futebol João Carlos Maringá explicava que o Joinville não teria como segurar o atleta, que recebeu uma proposta irrecusável do Al Dhafra, dos Emirádos Árabes Unidos. Por lealdade ao JEC, o defensor disse não a outros times brasileiros que o procuraram. Mas, aos 29 anos, ele sabe que não poderia deixar passar a ótima proposta financeira que recebeu por dois anos e meio de contrato. Como alento à torcida joinvilense, fica a esperança de que, em vez de adeus, isso seja apenas um até logo.

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– Nunca foi tão difícil na minha vida deixar um clube. Não sou tão emotivo, mas esse momento é uma dor. A gente já havia renovado e eu falei que não sairia para nenhum outro time no Brasil. Só tenho a agradecer ao Joinville. Vou deixar um “até logo”, porque é uma proposta que muda a minha vida financeiramente, para buscar um futuro melhor para os meus filhos, para a minha família. É outro capítulo que vai ser muito difícil – justificou o atleta.

Bruno Aguiar chegou ao Joinville no início de 2014. Desde que assumiu a titularidade, tornou-se uma figura incontestável pela torcida devido ao seu espírito de liderança. Logo naquela temporada, ajudou o time a se tornar campeão brasileiro da Série B com a defesa menos vazada da competição. Ao todo, foram 80 jogos com a camisa do Tricolor.

Com a saída de Guti para o futebol polonês, onde defenderá o Jagiellonia Bialystok, o Joinville não conseguirá repetir na Série B de 2016 a dupla de zaga que levou o time ao título em 2014.

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Assim, além de ainda procurar um camisa 9 para reforçar o elenco, o departamento de futebol precisará ir ao mercado para fortalecer o sistema defensivo do time que será comandado por PC Gusmão.