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Um cochilo no avião em uma das viagens de cobertura do então repórter de finanças internacionais Bruce Nussbaum o levaram a sentar à cadeira no centro do palco da Expogestão. Era a última palestra do evento e a primeira vez dele no Brasil. Nesta sexta-feira, o professor de inovação e design na Parsons The New School for Design ensinou em Joinville o que ele aprendeu com uma menina, “uma imagem”, que percorria o corredor da aeronave.
A mamadeira que a pequena segurava permitiu que ele transformasse a própria criatividade em valor e criasse os conceitos Vuca e Vibe para falar do momento em que vivamos e da vocação criativa de um lugar.
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Do sono de cansaço, ele acordou com pingos na testa. Graça ao design da garrafa feitas por criadores de Minnesota, nos Estados Unidos, a menina de no máximo três anos conseguia segurar sozinha a própria mamadeira com tal desenvoltura que se divertia jogando leite nos adultos.
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O recipiente tinha um formato diferente: um furo no meio fazia o papel da alça da xícara. Encantado pela forma, ele procurou as origens daquele projeto e escreveu um pequeno texto para a revista onde trabalhava. Foi sucesso e impulso de uma trajetória acadêmica.
O livro “Inteligência Criativa – aproveitando o poder de criar, conectar e inspirar” concentra o que o jornalista e professor aprendeu naquele dia.
– A mudança muda. Eu chamo isso de mudança em cascata. Eu chamo isso de Vuca – disse ele, sob o olhar de estranheza da plateia.
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Vuca é a sigla que ele criou para se referir ao tempo em que vivemos: de volatility (volatilidade), de uncertanty (incerteza), de complexity (complexidade) e ambiguity (ambiguidade). Ser criativo nesse mundo de Vuca é algo que ele elabora e define:
– Criatividade é originalidade com valor. No mundo dos negócios, o valor é medido pelos lucros.
Por meio do que Bruce chama de “inteligência criativa”, é possível transformar a capacidade de criar algo valioso. Ele lista cinco estratégias para aprimorar esse tipo de inteligência.
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A primeira delas é trocar mineração (mining) por significado (meaning). A segunda é tomar construção por reconstrução. Outra estratégia é se dar ao luxo da brincadeira séria, para então colocar em prática a ideia, fazer. E, enfim, dar à ideia escalabilidade.
Em síntese, é preciso criar serviços e objetos que tenham significado para as pessoas, às vezes reconstruindo a narrativa vigente, usando como método o contato despretensioso com aquilo que se deseja aprimorar ou criar. Passado este estágio, chega o momento de fazer e, então, levar ao mundo a criação.
– Aqui no Brasil vocês não esqueceram como se faz as coisas. Fazer é muito importante para a criatividade – explica o professor.
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Mas além de fazer, é preciso ter Vibe. Cidades e empresas podem ter essa caraterística de um ambiente que estimula a criação. Lugares com Vibe têm criadores, curadores e mecenas. Depois da ampla explicação, Bruce disparou:
– Qual é a Vibe do Brasil?